Sociedade de Alergologia Pediátrica quer vacinas antialérgicas comparticipadas

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 mai (Lusa) -- A Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica quer que as vacinas antialérgicas voltem a ser comparticipadas pelo Estado, lembrando que são o único medicamento existente que pode alterar a história natural da doença alérgica.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Sociedade, Libério Ribeiro, lamentou que as vacinas antialérgicas tenham deixado de ter comparticipação estatal, uma alteração que aconteceu há cerca de três ou quatro anos, altura em que tinham apoio do Estado em 50%.

De acordo com o especialista, há ainda uma "discriminação ao nível do tipo de assistência de saúde" de cada doente, porque alguns subsistemas comparticipam estas vacinas (como a ADSE ou o subsistema dos bancários), enquanto quem depende exclusivamente da Segurança Social não recebe comparticipação.

Uma caixa destas vacinas antialérgicas pode custar 200 euros, apesar de dar para um ano de tratamento. Quando têm indicação clínica para tal, estas vacinas devem ser feitas durante três a cinco anos.

Segundo as estimativas do presidente da Sociedade de Alergologia Pediátrica, apenas um décimo dos doentes com indicações para fazer estas vacinas estarão a ser medicados.

Em primeiro lugar, porque nem todos são seguidos em consulta de especialidade e estas vacinas só podem ser prescritas por médicos especialistas, até porque não são de compra direta na farmácia e também porque precisam de vigilância e acompanhamento específicos.

Depois, o preço e a falta de comparticipação também podem influenciar a falha na vacinação antialérgica.

"Era importantíssimo que as vacinas voltassem a ser comparticipadas. É o único medicamento reconhecido pela Organização Mundial da Saúde que altera a história natural da doença. Todos os outros a controlam, mas não interferem na sua evolução", explicou.

No caso dos medicamentos para controlar os episódios da doença alérgica, como a asma, as comparticipações também diminuíram, apesar de o preço dos remédios ter decido.

"Há medicamentos que têm preço elevado e há pessoas que não têm possibilidade de os fazer. Em tempos, os medicamentos para a asma até chegaram a ser comparticipados a 100%. Isso é uma das razões que leva algumas pessoas, mesmo com seguimento médico apropriado, a não cumprir o tratamento por não ter possibilidade para o fazer", indicou Libério Ribeiro.

A asma e a crise económica é precisamente um dos temas do Congresso da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica, que decorre em Viseu entre sábado e domingo, coincidindo com as comemorações do dia da criança, a 1 de junho.

A asma, as alergias alimentares, a doença alérgica na escola e no desporto são alguns dos temas centrais do Congresso, que vai reunir especialistas nacionais e internacionais.

Em Portugal, estima-se que entre 12 a 13% das crianças tenham asma, uma prevalência que depois desce um pouco no caso dos adultos.

ARP // SO

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