Estará o Twitter à beira do abismo?
Porto Canal (MYF)
A rede de microblogging que comemora o décimo aniversário em março continua a voar baixo e a uma velocidade muito aquém das expectativas. O Twitter perdeu dois milhões de utilizadores no último trimestre de 2015 e já foi ultrapassado pelo Instagram. As receitas dispararam para 58%, mas ainda assim fica muito aquém do valor alcançado pelo Facebook.
A rede social, que apresentou esta quarta-feira os resultados financeiros anuais, perdeu dois milhões de utilizadores, passando de 307 milhões no terceiro trimestre para 305 no último trimestre de 2015, curiosamente o mesmo número de que dispunha o Facebook, em 2009. Para piorar a situação, se analisarmos o número de utilizadores das redes sociais mais conhecidas do mundo, percebemos que o Twitter não tem nem metade do número de utilizadores que o Facebook tem e que até pelo Instragram já foi ultrapassado.
No gráfico acima, conseguimos ver o número de utilizadores que estavam mensalmente ativos no último trimestre do ano anterior. Destaque para o Facebook com 1590 milhões mais 17% em relação a 2014, segue-se o WhatsApp com 900 milhões, Messenger com 800 milhões, surpreendentemente o Instagram com 400 milhões e com menos 95 milhões que este último vem o Twitter.
As receitas tiveram um comportamento mais animador para a empresa, ao dispararem para os 58%, o que corresponde a 1950 milhões de euros. Ainda assim muito aquém do conseguido pelo Facebook. Mark Zuckerberg, um dos fundadores da rede social conseguiu aumentar 44% das receitas, o que representa agora um valor aproximado de 16000 milhões de euros, sendo que este valor é refletido essencialmente pela publicidade.
Apesar das receitas terem aumentado, a empresa continua a ter prejuízos. Em 2015 registou perdas a rondar os 459 milhões de euros, ainda assim, menos que em 2014 (510 milhões).
O Twitter é a ainda a quarta rede mais utilizada pelas pessoas para acederem a notícias e a informações (7%). Destaque mais uma vez para o Facebook que é a rede favoritas dos cidadãos para procurar informação (67%), segue-se o Youtube (26%) e na terceira posição o Google+ (18%).
O Twitter tem, por tudo isto, vividos nestes meses recentes tempos difíceis. A rede social entrou com o pé esquerdo no novo ano e para piorar quatro vice-Presidentes deixaram os cargos, no final de janeiro. Desde o início do ano, as ações já caíram 34%, avançou o PÚBLICO. No entanto, a rede de microblogging está confiante que o número de utilizadores aumente já neste primeiro trimestre de 2016.