População protesta em Rossio ao Sul do Tejo contra fecho de agência da CGD
Porto Canal com Lusa
Abrantes, Santarém, 05 fev (Lusa) - Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se hoje em Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, em protesto contra o anunciado encerramento em março da sucursal da Caixa Geral de Depósitos (CGD) naquela localidade.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, disse que "as notícias que circulam é que o banco [agência] fecha dia 17 de março, o que, a ser verdade, é uma perda enorme para toda esta população, nomeadamente para a mais idosa, que necessita deste serviço de proximidade para levantar as suas reformas".
"Este banco está aqui há 30 anos e não pode virar assim as costas à população, olhando apenas para as questões economicistas", defendeu Luís Alves, sublinhando "a importância do serviço de proximidade" e destacando "as distâncias a percorrer" e o "envelhecimento da população".
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos confirmou o encerramento da agência de Rossio ao Sul do Tejo durante o mês de março.
"A Caixa Geral de Depósitos está a realizar um programa de reordenamento dos seus balcões. Confirmamos que está previsto, no decorrer do mês de março, o encerramento da agência Rossio ao Sul do Tejo, com integração dos seus serviços nas agências de Abrantes e São Vicente, que distam apenas cerca de 2 quilómetros desta agência", pode ler-se na resposta enviada à Lusa.
No mesmo documento é referido que, "tal como está a acontecer em todo o país, também em Rossio não haverá recurso a despedimentos".
Na quinta-feira, na apresentação de resultados do banco, o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, José de Matos, não adiantou quaisquer metas em termos de fecho de agências, afirmando que a instituição presta um "serviço público" pelo que mantém agências mesmo em muitas localidades onde não sejam rentáveis.
A Caixa Geral de Depósitos fechou 2015 com 786 agências em Portugal, menos 22 do que tinha no final de 2014, encerradas no âmbito de "plano de otimização". Quanto a trabalhadores, estes eram 8.410 trabalhadores, o que significa que saíram 448 em 2015, a maioria por reformas antecipadas.
A CGD baixou em 2015 os prejuízos para 171,5 milhões de euros, segundo, revelou José de Matos.
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