Pelo menos 29 mortos em três dias de manifestações no Sudão
Porto Canal / Agências
Cartum, 26 set (Lusa) -- Pelo menos 29 pessoas foram mortas ao longo de três dias de protestos antigovernamentais no Sudão, segundo indicaram hoje à agência AFP fontes hospitalares.
"Nós recebemos os corpos de 21 pessoas" desde que começaram as manifestações, na segunda-feira, contra o fim das subvenções sobre os preços dos combustíveis, declarou fonte do hospital de Oumdurman.
Outras oito pessoas morreram em todo o país, segundo testemunhas e familiares.
Estas manifestações são as piores desde que o Presidente Omar al-Bashir tomou o poder em 1989.
O preço da gasolina nas bombas subiu de cerca de 2,83 dólares (2,09 euros) para cerca de 4,71 dólares (3,48 euros) por galão, o equivalente a cerca de 3,7 litros. A inflação no Sudão ronda os 40 %.
O Presidente Bashir disse, no domingo, que os subsídios atingiram "um nível que é perigoso para a economia".
O Sudão perdeu milhões de dólares em receitas de petróleo quando o Sudão do Sul se tornou independente há dois anos, levando consigo aproximadamente 75 % da produção de petróleo do país anteriormente unido.
Desde então, o Sudão debate-se contra uma inflação elevada, uma moeda enfraquecida e escassez de dólares para pagar as importações.
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