Troika regressa com bagagem de exigências!
Porto Canal (MYF)
A Troika regressa a Portugal no dia 27 de janeiro para fazer a terceira avaliação pós-programa e traz uma bagagem de exigências. A equipa da Comissão Europeia faz uma lista com 18 pontos de estrangulamento do investimento empresarial que têm de ser resolvidos pelo atual Governo.
Alguns dos pontos evidenciados no regresso da Troika a Portugal são:
- a contratação coletiva mantém a formação de salários centralizada;
- continua a ser difícil despedir trabalhadores, o que trava os investimentos;
- melhoramento nas regras vigentes no setor portuário e na grande distribuição e retalho pois não deixam entrar novos concorrentes;
- os impostos priveligiam o recurso à dívida em detrimento do capital em forma de ações;
- a burocracia dos licenciamentos comerciais é labiríntica;
- e as qualificações das pessoas são desadequadas.
A Troika aponta que as contas públicas, o défice excessivo e a dívida são outros encargos a ter em consideração, lembrando que o país "está muito mal no investimento". O investimento total nacional representa apenas 15,2% do PIB. Abaixo deste valor só o Chipre (11,7) e a Grécia (10,4%).
A taxa de investimento público também está em mínimos (12,2%) - 15% do investimento total da economia.
A proposta de Orçamento de Estado será conhecida, na chegada da Troika, com várias medidas, que foram implementadas no plano de austeridade da Troika e do antigo Governo (PSD/ CDS), a serem revertidas.