Porto, 21 set (Lusa) -- O candidato independente à Câmara do Porto Rui Moreira defendeu hoje a criação de bolsas de manuais escolares nos estabelecimentos de ensino, para apoio a quem tem mais necessidades.

"Preocupa-me a referência em relação à velha questão dos livros. Eu continuo a dizer que (...) o que é preciso é ter bolsas de livros nas escolas, que permitam que as pessoas necessitadas possam recorrer aos livros no início do ano e devolvê-los no final do ano letivo", afirmou o candidato, rejeitando a ideia defendida pelo seu adversário da coligação PSD/MPT/PPM, Luís Filipe Menezes, que promete a oferta dos manuais escolares.

Afirmando que "a população estudantil no Porto é muito maior em termos absolutos do que a de Gaia", realidade que "[Menezes] não sabe, mas é verdade", Rui Moreira frisou que o município não pode "dar livros a toda a gente, porque há pessoas que não precisam e outras que não querem".

Para o candidato, que é apoiado pelo CDS-PP, cada agrupamento de escolas deverá fazer essa gestão da bolsa de livros, ou seja, deve ter uma reserva de exemplares suficientes para aqueles que verdadeiramente necessitam dos manuais. Caso estejam "danificados para além do uso normal de um livro", esse terá de ser pago, disse.

A bolsa de livros faz sentido por "razões de economia, por respeito aos livros e por questões ambientais", sublinhou.

O candidato disse, também, que gostaria que a Câmara do Porto ficasse com a gestão das escolas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, contudo, para assumir esse compromisso é preciso que "o Estado disponibilize um envelope financeiro".

"A educação é uma área em que temos sempre de investir. Precisamos de políticas continuadas, não podem ser interrompidas, não pode ser a política do faz de conta, do fachadismo", afirmou o candidato independente.

Rui Moreira falava aos jornalistas esta manhã, no âmbito de uma visita ao parque infantil da Associação dos Moradores do Campo Alegre, "um espaço que está aberto à comunidade e, sobretudo, está guardado".

O candidato considerou que as associações de moradores precisam de reforçar as suas competências e que as suas pretensões devem ser reconhecidas.

"Quando há associações, temos a certeza de que há uma voz democrática que fala em nome da maioria dos cidadãos e, nesse aspeto, pode ser um protagonista junto do município", concluiu.

Além de Rui Moreira, concorrem à Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD/MPT/PPM), Manuel Pizarro (PS), Nuno Cardoso (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP).

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