Programa da 'troika' está a levar país para segundo resgate - CGTP

Programa da 'troika' está a levar país para segundo resgate - CGTP
| Política
Porto Canal

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, reclamou hoje o fim das políticas de austeridade, argumentando que o programa da 'troika' "fracassou a todos os níveis" e está a levar o país "rapidamente para um segundo resgate".

"Ou paramos com esta política e criamos condições para que o povo português se possa pronunciar pela via das eleições antecipadas ou corremos o risco de ficar com o país numa situação insustentável no plano social e económico", disse à Agência Lusa o líder da CGTP.

Arménio Carlos falava em Aveiro, durante um plenário de ativistas sindicais, para discutir a proposta reivindicativa e de ação, tendo em vista as iniciativas de protesto que estão marcadas para o próximo mês de outubro.

Apesar de o Governo distinguir "programa cautelar" de "segundo resgate", Arménio Carlos diz que, na prática, o que vamos ter em 2014 é "a necessidade de continuar a solicitar o apoio às instâncias internacionais condicionado a mais austeridade e mais sacrifícios, que elas nos vão impor".

"Com estas políticas este país não tem futuro. Razão pela qual pensamos que este Governo está a mais, porque não defende os interesses nacionais e está a ser cúmplice do agravamento da situação nacional e de uma maior dependência do país relativamente ao estrangeiro", disse o sindicalista.

Para lutar contra a política de austeridade do Governo, a CGTP preparou um conjunto de iniciativas de protesto para o mês de outubro.

Estas ações irão culminar numa "grande jornada de luta nacional" no dia 19 de outubro que, segundo Arménio Carlos, terá como momento alto uma "enormíssima expressão de rua".

O protesto de 19 de outubro será precedido de um "dia de esclarecimento e mobilização nos locais de trabalho", a 01 de outubro, dia do aniversário da CGTP.

No dia 05 de outubro, um dos dois feriados civis "cortado" pelo Governo, a CGTP irá realizar ações com trabalhadores em várias empresas para contestar a retirada do feriado que assinalava a implantação da República e exigir a reposição do pagamento do trabalho extraordinário e em dia feriado.

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