Militares dos EUA chegam a Kobane para formar combatentes anti-Daesh
Porto Canal com Lusa
Beirute, 26 nov (Lusa) -- Soldados das forças especiais dos EUA chegaram a Kobane, na Síria, para treinar e assistir os combatentes curdos na sua luta contra o grupo que se designa Estado Islâmico (EI), confirmaram hoje várias fontes sírias.
Este é a primeira deslocação oficial do género neste país em guerra.
Uma fonte das Unidades de Proteção do Povo Curdo, principal milícia curda síria, um ativista em Kobane, Mustapha Abdi, e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), anunciaram a chegada de algumas dezenas de militares que, segundo Washington, vão ter um papel não-combatente de aconselhamento.
A sua missão vai ser a "planificar" ofensivas contra Jarablus e Raqa, as cidades do norte da Síria que estão nas mãos do Daesh.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, confirmou que os mais de 50 instrutores norte-americanos vão treinar os curdos, com vista a uma ofensiva contra Raqa, a capital de facto do EI na Síria.
Segundo o ativista Mustapha Abdi, os militares entraram em Kobane "nas últimas horas", mas o OSDH afirmou que tinham chegado "nos últimos dois dias", em dois grupos, vindos da Turquia e do Curdistão iraquiano.
Uma trintena está "atualmente em Kobane (norte) e os outros na província de Hassake", mais a leste, seguindo o ISDH. "Devem juntar-se em Kobane para treinar as Forças Democráticas da Síria (FDS)", integrada por fações árabes e curdas e ainda por cristãos siríacos.
Questionado pela AFP, o comandante das forças dos EUA no Médio Oriente recusou comentar.
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