Eurogrupo não recebeu pedido para rever metas e diz que situação portuguesa não piorou
Porto Canal
Um alto responsável do Eurogrupo disse hoje desconhecer qualquer intenção formal do Governo português para rever as metas do défice e que só "argumentos extremamente convincentes" levariam a isso, mas com "impacto" na conclusão do programa de assistência.
"Já mudámos as metas e as circunstâncias que levaram à mudança das metas [em Portugal] não mudaram entretanto, pelo menos para pior", referiu a mesma fonte, a propósito da flexibilização aceite pela Comissão Europeia em março de adiar a meta de 3% para 2015.
Segundo o Eurogrupo, os mais recentes dados económicos e do emprego a nível europeu, e em Portugal, são "boas notícias" e teria de haver "argumentos extremamente convincentes" dos governantes portugueses para que a meta do défice fosse 4,5% e não 4% em 2014, como na quarta-feira defendeu o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, numa audição no Parlamento.
Qualquer nova alteração no calendário de cumprimento do défice, notou o mesmo responsável do Eurogrupo, teria "um impacto em relação à conclusão do programa" de assistência, prevista para junho de 2014.