Risco de pobreza aumentou 1,5 pontos percentuais em Portugal entre 2008 e 2014

Risco de pobreza aumentou 1,5 pontos percentuais em Portugal entre 2008 e 2014
| Economia
Porto Canal com Lusa

O risco de pobreza ou exclusão social aumentou, em Portugal, 1,5 pontos percentuais numa comparação entre 2008 e 2014, segundo o Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE).

Numa informação a propósito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, que se assinala sábado, o Eurostat informou que um em cada quatro habitantes da UE estava em risco de pobreza ou exclusão social, um valor mais alto do que o registado em 2008 (23,8%).

Estes dados, em Portugal eram de 26% em 2008 e de 27,5% no ano passado.

Comentando estes dados, a comissária dos Assuntos Sociais, Marianne Thyssen, notou que, apesar dos sinais de recuperação, que se traduz na lenta criação de emprego, a "UE ainda enfrenta um nível inaceitável de desemprego e pobreza".

"Mais de 23 milhões de pessoas estão desempregadas na UE, das quais 12 milhões há mais de um ano e 122 milhões de pessoas em risco de pobreza", notou a responsável, referindo os esforços de Bruxelas para combater o desemprego jovem e para o desemprego de longo duração.

Segundo as estatísticas, os países com pessoas em maior risco de pobreza são a Roménia (40,2%), Bulgária (40,1%) e a Grécia (36%), enquanto no lado opostos estão a República Checa (14,8%), Suécia (16,9%), a Holanda (17,1%) e a Finlândia (17,3%).

Analisando um dos fatores para esta situação, a falta de rendimentos, o Eurostat registou que, em 2014, 17,2% da população na UE corre risco de pobreza após transferências sociais.

Com dificuldades em pagar as contas, manter a casa quente ou conseguir tirar férias estava, no ano passado, quase 9% dos habitantes do espaço comunitário, enquanto a trabalhar menos horas do que o seu potencial estavam 11,1%.

Em Portugal, o maior aumento destes fatores registou-se na rubrica de agregados com baixa taxa de trabalho, com passagem de 6,3% para 12,2%.

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