Parlamento aprova voto de pesar pela morte de bombeiros e decide criar grupo de trabalho

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 set (Lusa) - As bancadas parlamentares uniram-se hoje na aprovação de um voto de pesar, ao qual se associou o Governo, pela morte dos bombeiros no combate aos incêndios e comprometeram-se a criar um grupo de trabalho sobre fogos florestais.

"Porque é um desafio que nos é lançado a todos nós que ficamos, a todos nós sociedade política e sociedade civil: o de empreendermos agora uma luta de muitas frentes, recusa de banalização da tragédia, de mobilização de todos os meios e vontades para que um mal assim não volte a acontecer", argumentam os deputados, no texto lido pela presidente do Parlamento, Assunção Esteves.

O voto determina a criação de um grupo de trabalho "para uma ação determinada que considere as múltiplas dimensões em que o problema deve ser enfrentado" e a realização de um "grande debate" no mês de outubro.

O texto foi aprovado por unanimidade, após um debate a que assistiram familiares e amigos dos bombeiros falecidos, nas galerias da Sala do Senado, onde está reunida a comissão permanente da Assembleia da República.

Associando-se ao voto, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, manifestou o empenho do Governo para "tudo fazer para que o inferno das chamas que se repete ano após ano tenha um dia o seu fim".

Miguel Macedo expressou reconhecimento pela dedicação dos bombeiros, assegurando, numa "nota pessoal", que sente "determinação redobrada" para fazer "o que ainda não foi feito", independentemente de "todos os apuramentos" que se façam em matéria de combate aos incêndios.

"Sabendo que é uma atividade de muito risco, com condições climatéricas muito difíceis, sabendo tudo isso, temos que redobrar a determinação para fazer aquilo que não ainda não foi feito", disse.

Os incêndios florestais deste verão fizeram até à data oito vítimas mortais e causaram ainda ferimentos a mais de 50 operacionais.

Desde 1980, e segundo a Associação Nacional de Bombeiros Portugueses, morreram em serviço mais de 220 bombeiros.

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Lusa/fim

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