PS inclina-se para congresso após presidenciais e debate soluções de Governo

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 06 out (Lusa) - A direção do PS inclina-se para a marcação do congresso nacional para depois das eleições presidenciais e a principal questão hoje em discussão relaciona-se com a estratégia dos socialistas face ao Governo, PCP e Bloco de Esquerda.

De acordo com fontes socialistas, estas duas questões foram objeto de discussão "detalhada" nas reuniões que o secretário-geral do PS, António Costa, teve ao longo desta tarde com os presidentes das federações e também com os futuros membros do Grupo Parlamentar do PS.

Presidentes de várias federações socialistas disseram à agência Lusa que a inclinação maioritária é para que o congresso do PS, antecedido de eleições diretas para o cargo de secretário-geral, se realize após as eleições presidenciais, ou seja, a partir de fevereiro de 2016.

Já na reunião com os deputados do PS, que antecedeu a da Comissão Política desta noite, vários deputados defenderam a tese de que os socialistas devem tentar dialogar com as forças à sua esquerda, PCP e Bloco de Esquerda, sobre uma eventual solução de Governo alternativa à da coligação PSD/CDS.

Esse entendimento, porém, é por quase todos encarado como sendo de difícil concretização, principalmente face às divergências entre o PS com o PCP e Bloco de Esquerda em matérias como a União Europeia e a NATO.

Outros deputados do PS entendem que o partido deve assumir-se como oposição "construtiva" e que compete à coligação PSD/CDS formar Governo.

Esta linha estratégica, de resto, foi defendida hoje pelo eurodeputado socialista Francisco Assis em declarações à agência Lusa.

"Um grande partido como o PS não pode, em nenhuma circunstância, colocar-se numa situação de fragilidade perante as chantagens e as ameaças de outras forças partidárias à sua esquerda ou à sua direita. Nesta perspetiva, entendo que o PS deve assumir com clareza a liderança da oposição ao governo de direita, sem que isso signifique uma indisponibilidade de princípio para a viabilização dos instrumentos imprescindíveis à governação do país", advogou o cabeça de lista dos socialistas às eleições europeias de 2014.

PMF // SMA

Lusa/fim

+ notícias: Política

Supremo Tribunal aumenta pena de prisão do antigo ministro Armando Vara

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) aumentou para cinco anos e seis meses a pena de prisão do ex-ministro Armando Vara, em cúmulo jurídico das penas aplicadas nos processos Face Oculta e Operação Marquês.

Temido quer plano europeu para habitação acessível e alerta para ameaças

A cabeça de lista do PS às europeias defendeu esta quinta-feira um plano europeu para habitação acessível, avisando que o projeto europeu está sob inúmeras ameaças e que a AD e a sua família política “representam uma agenda de retrocesso”.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.