França apresentará hoje proposta ao Conselho de Segurança da ONU sobre armas químicas na Síria

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Porto Canal / Agências

Paris, 10 set(Lusa) - A França apresentará hoje ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução para concretizar a proposta russa de colocar sob controlo internacional o arsenal químico da Síria, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês.

Em conferência de imprensa, Laurent Fabius indicou que o texto começará por condenar o massacre do passado dia 21 de agosto nas imediações de Damasco, exigirá que seja sancionado e pedirá ao regime sírio que esclareça qual o seu armamento químico e o ponha "à completa disposição" da comunidade internacional.

O projeto francês, segundo precisou, será submetido ao abrigo do capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que prevê "consequências extremamente sérias" em caso de violação das suas disposições.

O anúncio de Fabius foi feito após uma reunião do chefe da diplomacia francesa com o Presidente François Hollande e surge após a gestão da crise na Síria ter assumido uma nova orientação com a proposta lançada na segunda-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

"As coisas mudaram desde segunda-feira e ainda bem[...]. Há que aceitar a mão que se nos oferece, seja qual for a interpretação, mas não cair na armadilha", disse Fabius, que sublinhou a necessidade de estar "extremamente vigilante" para evitar qualquer "manobra dilatória".

Será necessário, segundo palavras do ministro, que os primeiros compromissos sírios "sejam quase imediatos e comecem com a adesão do país à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)".

"Fazem falta resultados rápidos", acrescentou, deixando claro que o objetivo da França foi desde o início "a eliminação da ameaça química e a proteção do povo sírio".

O ministro francês ressalvou ainda que "todas as opções continuam sobre a mesa" e considerou que a mudança de atitude russa se deve em parte à firmeza demonstrada pela comunidade internacional nesta matéria.

"Mesmo não querendo fazer interpretações, também pode dever-se ao facto de que se aproxima o momento no qual o relatório das Nações Unidas vai demonstrar que o massacre químico infelizmente é evidente e que o regime é o responsável", disse.

Para Fabius, a única maneira de evitar um novo ataque químico é garantir que o armamento está sob controlo e é destruído.

Explicou que, com esse objetivo, está em contacto permanente com os restantes membros do Conselho de Segurança.

Fabius terá hoje entrevistas telefónicas com o secretário de Estado norte-americano John Kerry e com os seus homólogos chinês e russo.

Adiantou ainda que no final da semana irá à China e "um pouco mais tarde" à Rússia.

CFF // MLL

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