Será que Costa deu um "tiro no porta-aviões"?

Será que Costa deu um "tiro no porta-aviões"?
| Política
Porto Canal (LYV)

Vários são os temas ligados ao actual e anterior Governo, que foram levantados no confronto, entre Passos e Costa, de quarta-feira, que têm dividido a opinião pública e os próprios partidos. Se por um lado a opinião pública fala em desconforto do lado 'laranja', a mesma opinião pública fala do relançamento do lado 'rosa'. Porquê?

"Nós construímos mais emprego em dois anos do que os nossos adversários conseguiram em seis" esta foi a frase proferida por Pedro Passos Coelho, nesta quinta-feira, no jantar-comício da coligação Portugal à Frente. Mas será que o actual primeiro-ministro tem razão absoluta?

Tanto Passos Coelho como Sócrates obtiveram saldo negativo no que diz respeito à criação de emprego. O actual chefe de Governo, contabilizou os dados relativos a apenas dois anos, mas a sua legislatura começou dois anos antes e refazendo as contas, registavam-se menos 203,4 mil pessoas empregadas do que em Junho de 2011. Quanto a José Sócrates verificaram-se menos 168,6 mil postos de trabalho, quando comparado o início e o término do seu mandato. Ou seja, a frase proferida por Passos Coelho está correcta, mas não contempla todo o seu mandato, logo se calcularmos a diminuição de números de emprego durante cada um dos mandatos, o anterior Governo sai a ganhar. 

Outro mito. A afirmação de António Costa no início do debate, da passada quarta-feira: "[Passos Coelho] entra para a história como o único primeiro-ministro que entrega o país com menos riqueza do que aquela que recebeu". A afirmação basea-se em dados trimestrais das longas séries do Banco de Portugal: se Passos Coelho tiver de "entregar o país", será o primeiro a registar uma quebra no PIB (4,5%) durante o seu mandato.

"Quem chamou a Troika?" é uma das dúvidas que está bem presente na mente dos portugueses, após o confronto de quarta-feira. No que diz respeito ao triângulo FMI, BCE e Comissão Europeia, não há um claro vencedor. Ambos os líderes políticos têm, de alguma forma, razão isto porque o PSD de Pedro Passos Coelho solicitou oficialmente, e defendeu a vinda da troika. Mas quem accionou, formalmente, o plano de emergência internacional foi o Governo em funções na época, neste caso, o PS.

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