Tecnoforma: Ministério Público escuda Poiares Maduro, Pacheco Pereira e Clara Ferreira Alves
Porto Canal (LYV)
Um ministro, um comentador político e um jornalista foram acusados por crimes de ofensa contra a empresa Tecnoforma. O Ministério Público (MP) considera que não faz sentido levar as três personalidades a julgamento. A juíza de instrução pronunciará a sua decisão na próxima sexta-feira.
A empresa Tecnoforma - que já contou com Passos Coelho e Miguel Relvas como colaboradores - decidiu avançar com um processo contra Poaires Maduro, Pacheco Pereira e Clara Ferreira Alves, após estes terem tecido declarações que ofenderam a empresa.
O Ministério Público (MP) surge em defesa das três personalidades formulando um pedido, durante esta sexta-feira, à juíza de instrução criminal requerindo a "não pronúncia dos arguidos". Esta posição foi avançada pela procuradora do MP, durante o debate instrutório, sendo que agora recaí sobre a juíza do Tribunal Criminal de Lisboa tomar uma decisão sobre a realização ou não de julgamento. Essa decisão será conhecida na próxima sexta-feira.
Após o MP ter dado a conhecer a sua posição, o advogado da Tecnoforma, Cristóvão Carvalho alegou em tribunal que os comentários de Pacheco Pereira lesaram a imagem e a credibilidade da Tecnoforma. Por sua vez, advogado de Clara Ferreira Alves e de Pacheco Pereira, Ricardo Correia Afonso alegou que não há indício de crime e invocou o direito à liberdade de expressão. Francisco Teixeira da Mota, advogado de Poiares Maduro, ascrescentou que "as restrições à liberdade de expressão têm que ser mínimas para as pessoas não terem medo de falar", conclui o causídico.