Migrações: ONU pede aos milionários italianos para doarem 15 mil euros cada

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Porto Canal com Lusa

Helsínquia, 07 set (Lusa) -- O governador do Banco da Finlândia, Erkki Liikanen, anunciou que vai doar o seu salário de um mês (cerca de 10 mil euros) à Cruz Vermelha finlandesa para ajudar os refugiados que se dirigem para o país.

"Sei que este dinheiro vai chegar a quem mais necessita. Cada um faz o que sente que deve fazer dentro das suas possibilidades", escreveu Liikanen, na sua página do Facebook, citado pelos media locais.

Liikanen, que foi presidente da Cruz Vermelha finlandesa entre 2008 e 2014, afirmou que a crise no Médio Oriente provocou "um êxodo de refugiados sem precedentes" nas últimas décadas e considerou que as grandes potências, em particular, deveriam responder com soluções políticas.

"A tensão nas relações internacionais dificulta encontrar soluções, mas não devemos render-nos. Necessitamos da contribuição dos Estados Unidos, Rússia, dos países do Médio Oriente e da União Europeia", sublinhou.

Liikanen sugeriu que, enquanto se tentam encontrar soluções, os cidadãos também devem envolver-se da forma que considerarem possível para ajudar os refugiados que chegam à Finlândia em fuga das guerras e em busca de asilo, e apontou como exemplo o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila.

No sábado, Sipila anunciou que vai oferecer a sua própria casa a partir de janeiro para albergar refugiados que cheguem ao país nórdico para solicitar asilo, um gesto que suscitou em simultâneo elogios e críticas.

PCR // VM

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Roma, 07 set (Lusa) - O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu aos milionários italianos para doarem 15 mil euros cada um para ajudar os migrantes sírios na Jordânia, estimando que com essa ajuda 10 famílias poderiam viver com dignidade durante um ano.

Num anúncio publicado no principal jornal italiano e em mais dois especializados em economia, o ACNUR escreveu: "Na Itália, 219 mil pessoas têm rendimentos superiores a 1 milhão. Se você ler isto e fizer parte deste grupo, saiba que com 15 mil euros podemos fornecer a dez famílias de refugiados sírios na Jordânia os meios suficientes para viverem durante um ano sem resvalarem para a pobreza extrema e perder toda a esperança para o futuro dos seus filhos".

O texto continua explicando que "se apenas 1% dos milionários italianos derem 15 mil euros, seria possível angariar dinheiro suficiente para ajudar cerca de 22 mil famílias sírias, reduzindo o risco de acabarem nas mãos dos traficantes".

A publicação deste apelo surge na mesma altura em que foi noticiado que outra agência da ONU, o Programa Alimentar Mundial, suspendeu o programa de ajuda em Amã por falta de fundos, e no meio de uma onda internacional de generosidade impulsionada pela fotografia de uma criança síria morta nas águas da Turquia, na semana passada.

MBA // VM

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