CMVM quer mais tempo para emigrantes analisarem proposta do Novo Banco

| Economia
Porto Canal com Lusa

Coimbra, 28 ago (Lusa) - O mandatário nacional da candidatura socialista às legislativas, António Arnaut, disse hoje em Coimbra que se tem de mudar a atual maioria por uma "patriótica e de esquerda", expressão normalmente atribuída ao PCP.

António Arnaut, considerado o "pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), constatou que esta expressão "precisa de ser explicitada, porque está registada como pertencente ao Partido Comunista Português".

No entanto, a seu ver, se a próxima "maioria democrática e socialista formar Governo" e se tomar medidas "no sentido de reduzir as desigualdades e injustiças sociais", será uma maioria patriótica e de esquerda.

"Aliviar a dor a quem sofre, criar postos de trabalho para os desempregados, garantir a acessibilidade de todos ao Serviço Nacional de Saúde, reforçar a escola pública - qualquer uma dessas medidas é uma medida patriótica e de esquerda", sublinhou o mandatário nacional da candidatura do PS.

António Arnaut, que falava numa reunião do secretário-geral do PS, António Costa, com os candidatos a deputados a nível nacional, dirigiu-se ao líder socialista para pedir que "a liberdade de escolha na saúde se chame Serviço Nacional de Saúde".

De acordo com o histórico do PS, "a liberdade na saúde é o acesso em tempo útil a um médico e ser tratado com a dignidade que merece", considerando uma cilada afirmar-se que a liberdade de escolha é entre o SNS e o privado.

"O SNS é sustentável, porque se não for sustentável, então a democracia não é sustentável", frisou António Arnaut, defendendo que todo o Estado Social "é sustentável".

JYGA // SMA

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Lisboa, 28 ago (Lusa) -- A CMVM quer que seja entregue aos clientes emigrantes com produtos do BES informação detalhada sobre a solução proposta pelo Novo Banco e que este dê um tempo "razoável" para tomarem uma decisão ou mesmo reformularem a já tomada.

"(...) Relativamente à solução comercial apresentada pelo Novo Banco, a CMVM solicitou ao Novo Banco a elaboração e entrega aos clientes de um documento informativo simplificado onde sejam apresentadas de forma clara, completa e inequívoca as condições e características da proposta de solução, bem como das suas alternativas", lê-se no comunicado hoje divulgado pelo regulador dos mercados financeiros, que refere que tem sido contactado com dúvidas por vários clientes não residentes que subscreveram produtos do Banco Espírito Santo (BES).

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse ainda que espera que seja em "breve" que recebam essa informação os clientes que subscreveram séries comerciais sobre ações preferenciais comercializadas pelo BES e que depois disso o Novo Banco lhes deve dar "um prazo razoável" de modo a tomarem "uma decisão quanto à proposta apresentada". Defende ainda o regulador que os clientes devem também poder "reformular qualquer decisão já tomada".

Segundo a informação dada pelo Novo Banco, até quarta-feira mais de 50% dos emigrantes que subscreveram produtos financeiros do BES aceitaram a proposta para o reembolso faseado do capital investido, o que corresponde a mais de 3.500 dos 7.000 clientes. Ao total dos clientes em causa correspondem aplicações no valor global de 720 milhões de euros.

O Novo Banco começou a apresentar aos emigrantes em julho uma solução comercial, para reaver o dinheiro das suas poupanças.

De acordo com o Jornal de Negócios, o nível de adesão existente até agora já poderia garantir a aprovação da oferta comercial.

A solução comercial teve de ser autorizada pelo Banco de Portugal e prevê a assinatura prévia dos clientes para que o Novo Banco e o Credit Suisse possam anular os veículos financeiros. Só depois será possível avançar com a proposta comercial que garante pelo menos 60% do capital investido, e liquidez se essa for a opção, assim como um depósito anual crescente a seis anos, que prevê recuperar no mínimo 90% do capital investido.

IM/DN// ATR

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