Chamas atingiram painéis de gravuras rupestres no Parque Arqueológico do Côa

| Norte
Porto Canal / Agências

Vila Nova de Foz Côa, 29 ago (Lusa) - O incêndio de Vila Nova de Foz Côa atingiu painéis de arte rupestre do Parque Arqueológico, mas nenhum dos núcleos acessíveis a visitas foi tocado pelo fogo, disse hoje à agência Lusa o presidente da Fundação Côa Parque.

"Até agora, os núcleos com arte rupestre que estão acessíveis à visita pública não foram tocados pelo fogo. Há áreas com painéis de rocha com arte rupestre inventariados onde o fogo passou", referiu Fernando Real, presidente da Côa Parque - Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, que gere o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e o Museu.

O responsável indicou que "a avaliação do estado [das gravuras] só poderá ser feito após o rescaldo do incêndio".

Fernando Real, que hoje esteve no terreno a acompanhar a situação, avançou que na Quinta da Barca, "onde o fogo esteve mais ativo, o núcleo de arte rupestre não foi afetado".

"O núcleo mais visitável do Parque Arqueológico, no sítio de arte rupestre de Penascosa, não foi afetado, e a área tinha sido limpa há cerca de quinze dias, na zona de acesso público", observou Fernando Real, adiantando que os meios terrestres dos bombeiros estiveram no local e conseguiram controlar o fogo.

"Contudo, a área do Parque Arqueológico nas encostas do Vale do Côa, quer na margem direita (Algodres e Almendra), quer na margem esquerda (Muxagata, Chãs, Tomadias e Santa Comba), ardeu completamente", esclareceu.

O responsável lembrou que o PAVC tem uma área de 20.800 hectares (cerca de 200 Km2) e integra uma área natural protegida que também foi afetada pelas chamas.

Segundo o presidente da Fundação Côa Parque, durante o incêndio, que atingiu grandes proporções, o património natural, inserido na Rede Natura 2000, foi "fortemente destruído dentro desta área protegida".

"Uma vez que ainda há focos de incêndio ativos, dentro da área do parque continuaremos atentos e, no final, será feito um levantamento da área afetada", disse.

O incêndio não inviabilizou as visitas aos núcleos de gravuras rupestres que se processam "com a normalidade habitual", indicou Fernando Real.

O fogo começou pelas 01:00 de quarta-feira, na zona de Almendra, na margem direita do rio Côa, passou para a margem esquerda daquele curso de água e avançou para áreas das localidades de Muxagata, chãs, Santa Comba e Barreira.

As chamas foram dominadas pelas 14:22, segundo informação da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Durante o combate ao incêndio ficaram feridos quatro bombeiros da corporação de Famalicão da Serra, Guarda.

ASR // MSP

Lusa/fim

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