Prémio Eduardo Lourenço 2015 é honra para Agustina Bessa-Luís - Família

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Porto Canal / Agências
Guarda, 03 Jul (Lusa) - A filha de Agustina Bessa-Luís, a artista plástica Mónica Baldaque, disse hoje que a mãe recebeu com "honra" o Prémio Eduardo Lourenço 2015, que foi entregue numa sessão realizada na cidade da Guarda, sem a presença da homenageada.

A escritora Agustina Bessa-Luís foi a vencedora da 11.ª edição do prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda.

O prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.

"É uma honra para minha mãe receber o Prémio Eduardo Lourenço 2015, atribuído pelo CEI, que tem como fundadores três entidades seculares de enorme prestígio social e cultural - a cidade da Guarda, com carta foral de 1199, e as Universidades de Coimbra e Salamanca, as mais antigas de Portugal e de Espanha - e que tem como seu diretor vitalício o senhor professor Eduardo Lourenço, pensador admirado e escutado por minha mãe, a que acresce uma amizade sólida", declarou Mónica Baldaque, filha da escritora.

Durante a cerimónia de entrega do galardão, realizada na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, Mónica Baldaque realçou ainda a importância do prémio para a sua mãe.

"Receber um prémio que tem como patrono o professor Eduardo Lourenço é, podem crer, um facto que muito a sensibiliza pelo simbolismo que representa", afirmou.

Na sessão, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, referiu que a homenageada é "uma figura referencial da literatura portuguesa e um expoente da cultura ibérica, que inspirou diferentes gerações de leitores, escritores e ensaístas".

O autarca lançou ainda o desafio, aos reitores das Universidades de Coimbra e de Salamanca (Espanha), e à comunidade do CEI, para que seja feita uma reflexão sobre o futuro do prémio que é atribuído anualmente.

"Teremos certamente oportunidade de pensar em conjunto e tentar conjugar as duas perspetivas: celebrar os valores consagrados, mas incentivar as novas valias, nos mais amplos campos criativos; reconhecer um percurso, mas ajudar abordagens inovadoras", disse.

Referiu tratar-se de um desafio que convoca "para um trabalho persistente para que, no novo ciclo de políticas comunitárias, aproveitemos todas as oportunidades de desenvolvimento e coesão".

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, que presidiu à cerimónia, referiu que, no momento da entrega do Prémio Eduardo Lourenço "a tão grande pessoa" (Agustina Bessa-Luís), a Guarda, através do CEI, criou "uma raiz muito relevante para o seu desenvolvimento".

O governante disse que o CEI é uma plataforma que pode constituir um desafio para a Guarda e "uma porta de grande relevância no contexto da Ibéria".

O Prémio Eduardo Lourenço teve a primeira edição em 2004 e já distinguiu personalidades de relevo do universo da língua portuguesa e de Espanha, como a pianista Maria João Pires, o poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, o penalista Jorge Figueiredo Dias, os escritores Mia Couto e César António Molina, o jornalista espanhol Agustín Remesal, e a investigadora Maria Helena da Rocha Pereira, catedrática jubilada da Universidade de Coimbra.

A propósito da entrega do prémio, fica patente, a partir de hoje e até 31 de agosto, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, a Exposição "Agustina Bessa-Luís - Vida e obra".

ASR // MAG

Lusa/fim

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