MEC faz protocolo com instituto chinês sob suspeita noutros países
Porto Canal (DYC)
Ministério da Educação e Ciência está a ultimar protocolo com o Instituto Confúcio da República Popular da China. A organização está sob suspeita noutros países ocidentais.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) confirmou que as aulas de mandarim nas escolas secundárias públicas arrancarão no próximo ano lectivo e serão leccionadas por professores chineses pagos pelo Governo da República Popular da China.
O MEC está, por isso, a negociar com o Instituto Confúcio da República Popular da China (Hanban), numa altura em que em vários países ocidentais há universidades e autoridades regionais da educação a cancelar os protocolos com o instituto, por considerarem que a sua presença pode “ameaçar a liberdade académica e promover a vigilância de estudantes chineses no estrangeiro”, segundo a agência Reuters.
A Universidade de Estocolmo foi uma das que cancelou o protocolo com o instituto, na sequência de incidentes ocorridos durante uma conferência em Braga e em Coimbra promovida pela Associação Europeia de Estudos Chineses, em Julho de 2014, e que ficou marcada por um acto de censura por parte de responsáveis chineses.
Ao contrário do que acontece com institutos como o britânico British Council ou o alemão Goethe Institut, o Hanban não tem instalações próprias no estrangeiro e funciona, por isso, nas universidades com quem estabelece protocolos, que envolvem o financiamento de actividades e a atribuição de bolsas.