Investidor quer comprar e modernizar o mais antigo centro comercial do Porto
Porto Canal (JYL)
O investidor interessado em adquirir, recuperar e modernizar o centro comercial Brasília, o primeiro do país, informou hoje os proprietários sobre as "condições financeiras e temporais" da compra.
Em declarações à agência Lusa, a advogada Paula Henriques Lourenço, da sociedade de advogados Telles de Abreu, contou que a intenção do cliente, que para já "não quer apresentar-se", é a "reestruturação e reabilitação total" do espaço "devoluto" para o transformar num centro comercial "moderno", de acordo com um projecto a "apresentar e articular" com a autarquia e com o condomínio, desde que os 150 proprietários das 230 fracções aceitem vendê-las.
"A condição essencial [para o projecto avançar] é a compra de todas as fracções. O investidor está interessado em comprar a totalidade das fracções do Brasília. Isto torna este processo um grande desafio", disse a advogada, assegurando que, sem a venda de todos os donos de espaços comerciais no centro comercial, o negócio não anda para a frente.
Segundo a advogada, os proprietários vão ficar a conhecer "a proposta de compra" com as respectivas "condições financeiras e temporais", sendo-lhes apresentado "um prazo razoável" para decidirem se aceitam ou não a oferta.
"Até agora, as cerca de duas dúzias de proprietários que entraram em contacto connosco mostraram-se favoráveis", referiu Paula Henriques Lourenço.
"O investidor está confiante de que é possível e que o centro comercial poderá vir a ser extraordinário, até pela sua localização, no centro do Porto, que lhe dá imenso potencial", acrescentou.
Em relação aos detalhes do projecto e a possibilidade de ter luz verde da Câmara do Porto para o levar avante, a advogada afirmou que tal apenas será tratado numa fase posterior, depois de haver certezas de aquisição de todas as fracções do primeiro centro comercial do Porto, que foi a inspiração da letra da música "A Rapariguinha do Shoping", cantada por Rui Veloso.
"Do ponto de vista do licenciamento urbanístico [o projecto] é possível. Claro que, do ponto de vista do detalhe, terá de ser tratado em articulação com a Câmara e o condomínio", ressalvou Paula.