BCE convicto de que Grécia vai permanecer na zona euro

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Porto Canal / Agências
Frankfurt, Alemanha, 28 mai (Lusa) - O Banco Central Europeu (BCE) mostrou-se hoje convicto de que a Grécia vai permanecer na zona euro e instou Atenas a alcançar rapidamente um acordo com os credores internacionais.

O vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, informou, na apresentação do último relatório de estabilidade financeira, que "legalmente não é possível" expulsar qualquer país da zona do euro, mas que o próprio país é que tem de o solicitar voluntariamente.

"Assumimos que não vai ocorrer, estou convicto de que não vai ocorrer", afirmou o vice-presidente do BCE sobre a possibilidade da Grécia sair da Zona euro, durante uma conferência de imprensa.

Constâncio classificou a situação como "muito difícil" e considerou que a Europa tem atualmente mais instrumentos do que em 2007 e 2011 para conter um contágio da Grécia para outros países da zona euro.

No relatório de estabilidade financeira, o BCE afirma que as posições fiscais continuam a ser precárias nalguns países.

"Os riscos de incumprimento da dívida soberana da Grécia aumentaram notavelmente devido ao incremento da incerteza política nos últimos seis meses", segundo o relatório.

Mesmo assim, o BCE destaca que o setor bancário da Grécia sofreu importantes saídas de depósitos, perdeu o acesso ao mercado primário de financiamento e a qualidade dos ativos deteriorou-se.

O BCE insta a Grécia a alcançar rapidamente um acordo com os credores porque, de contrário, põe em risco de piorar as condições pelas quais se financiam outros países da zona euro.

"As reações dos mercados financeiros aos acontecimentos na Grécia foram ténues até à data, mas se não for alcançado rapidamente um acordo sobre as necessidades de adotar reformas estruturais, os riscos de uma subida dos prémios de risco soberano de outros países da zona euro poderiam materializar-se", adianta o relatório do BCE.

Atualmente, a Grécia está a negociar ajudas futuras com os credores internacionais, que são o BCE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia (CE).

Ao logo desta semana foram proferidas declarações contraditórias sobre a situação das negociações e a aproximação de posições.

Alguns líderes políticos gregos insistiram que um acordo está próximo, mas o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e a diretora do FMI, Christine Lagarde, desmentiram.

Lagarde advertiu hoje em Dresden que "ainda há muito trabalho por fazer" para que se possa alcançar um acordo entre a Grécia e os credores internacionais

O BCE advertiu no relatório semestral que as perspetivas de um baixo crescimento nominal são o principal risco para a estabilidade financeira da zona euro.

MC // ATR

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