Secretário-geral da UGT afirma que a regionalização é "uma necessidade"
Porto Canal / Agências
Coimbra, 27 mar (Lusa) - O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, afirmou hoje à tarde em Coimbra que a regionalização "é uma necessidade", sendo fundamental discuti-la.
"É fundamental discutir a regionalização", defendeu Carlos Silva, considerando que esta "é uma necessidade sentida face à retirada dos serviços públicos".
A regionalização seria uma forma de resistir contra a redução de serviços públicos e o facto de Portugal "estar litoralizado", disse à agência Lusa o dirigente sindical.
Segundo Carlos Silva, deviam ser criados governos regionais com "políticas regionais e regionalizadas", com base "nas NUTS [Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos] ou nas regiões que as CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] administram".
Esta será uma das questões a ser lançada pela UGT aos partidos políticos, entre final de abril e maio, altura da apresentação do "Guião para a legislatura", avançou.
Esse mesmo guião pretende não só lançar discussões, mas também apresentar contributos para as próximas legislativas, nomeadamente a reversão de alguns dos direitos retirados aos trabalhadores.
O dirigente sindical falava à Lusa à margem do Seminário "Trabalho Seguro, pela Saúde", que decorreu hoje na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.
Na sessão de encerramento, o secretário-geral da UGT protestou contra o fecho de "escolas, tribunais e centros de saúde", considerando que, caso esta política continue, "daqui a uns tempos já não há Estado social que responda aos cidadãos".
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