Rainha jordana classifica Estado Islâmico como um "bando de malucos"

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Porto Canal / Agências

Londres, 06 mar (Lusa) -- A rainha jordana, Rania, classificou na quarta-feira o Daesh (acrónimo árabe para a organização auto designada Estado Islâmico) como um "bando de malucos" que está a manchar o nome do Islão.

A esposa do rei Abdullah II apelou à comunidade internacional para que não se foque nas reivindicações religiosas do grupo e sugeriu que o auto designado Estado Islâmico (EI) deveria deixar cair o "I" do seu nome, "porque não tem nada de islâmico".

Durante uma entrevista com Arianna Huffington, que dá o nome a um sítio de informação na internet, Raina afirmou: "Esta luta é uma luta entre o mundo civilizado e um bando de malucos que nos quer fazer regressar aos tempos medievais".

As declarações foram prestadas durante uma conferência, em Londres, ao fim de quarta-feira.

Rania alertou para o perigo de deixar o Daesh "raptar" a identidade do Islão, argumentando que isso iria autorizá-lo a realizar "uma batalha de civilizações".

Para reforçar o seu argumento, disse: "As pessoas chamam-lhes Estado Islâmico, mas gostaria que o "I" desaparecesse porque não têm nada de islâmico. Eles não têm nada a ver com fé, mas tudo com fanatismo".

Nesta linha argumentativa, insistiu: "Eles querem ser chamados de islâmicos porque isso lhes dá legitimidade e também significa que qualquer ação feita contra eles automaticamente vai ser considerada uma guerra contra o Islão".

Em síntese, no entender de Rania, "eles (Daesh) querem esse confronto de civilizações de que as pessoas falam".

A rainha jordana, de 44 anos, avisou também o Daesh que as suas exibições de violência, como a imolação do piloto jordano Maaz al-Kassasbeh, reforça a determinação dos moderados.

"As táticas de medo que esses terroristas estão a usar vão fazer ricochete, porque apenas irritam os jordanos", disse à fundadora do Huffington Post.

"Em vez de os assustar, apenas lhes dá vontade de lutar", avançou.

Kassasbeh foi capturado pelo Daesh em dezembro, depois de o seu avião de combate F-16 ter caído na Síria, quando estava em missão da coligação liderada pelos EUA contra este grupo.

RN // JPS

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