Mãe de refém japonês executado pelo Estado Islâmico "sem palavras"

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Porto Canal / Agências

Tóquio, 01 fev (Lusa) -- A mãe do jornalista Kenji Goto, o refém japonês, cuja execução foi anunciada este sábado pelo grupo Estado Islâmico (EI), afirmou hoje "estar sem palavras", após a morte do filho.

"É deplorável, mas o Kenji partiu. Não consigo encontrar palavras para descrever como me sinto", disse Junko Ishido, entre lágrimas, aos jornalistas, na sua casa num subúrbio de Tóquio, segundo imagens transmitidas pela televisão pública NHK.

O grupo radical Estado Islâmico divulgou, este sábado, um vídeo, cuja autenticidade está a ser analisada, em que mostra a decapitação de Kenji Goto, capturado na Síria em outubro último, o segundo refém japonês executado no intervalo de uma semana.

A condenação da alegada execução foi condenada, quase de imediato, por Tóquio, Washington, Paris e Londres, bem como pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em comunicados oficiais.

O irmão do jornalista nipónico, Junichi Goto, afirmou hoje que ainda mantinha esperanças de que Kenji fosse libertado por via de negociações entre Tóquio e Amã com o grupo terrorista.

"Já estava preparado [para a eventual notícia da sua execução], mas ainda assim, com o início das negociações, esperava que pudessem salvá-lo e que pudesse regressar", disse Junichi Goto, de 55 anos, à cadeia televisiva pública NHK.

O Estado Islâmico ameaçou matar o japonês Kenji Goto e o piloto jordano Muaz Kasasbeh caso Amã não libertasse a 'jihadista' iraquiana presa e condenada à morte Sayida al Rishawi. O grupo fez vários ultimatos e, no mais recente, reivindicava o cumprimento das suas exigências até ao pôr-do-sol da passada quinta-feira.

Desde então, instalou-se um ambiente de crescente tensão no Japão depois de a troca ter sido aparentemente bloqueada, já que Amã pediu uma prova de vida do piloto jordano antes de cumprir a exigência do grupo radical.

No início da semana, os 'jihadistas' anunciaram que tinham executado um outro refém nipónico, Haruna Yukawa, o qual fora sequestrado em meados de agosto do ano passado quando alegadamente facultava apoio logístico a um grupo rebelde implicado na guerra civil síria e rival do EI.

O novo vídeo do EI não faz qualquer menção ao piloto jordano Maaz al-Kassasbeh, feito refém a 24 de dezembro depois de o seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria, que também ameaçou executar.

Além dos dois japoneses, o Estado Islâmico reivindicou, desde agosto, ter executado cinco reféns ocidentais: três norte-americanos e dois britânicos.

DM // DM.

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