Crianças em risco diminuem em Ílhavo
Porto Canal
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Ílhavo (CPCJ) detectou menos casos de crianças em situação de risco na região.
A Comissão tenta no relatório anual justificar o facto com uma possível maior prevenção primária e intervenção de primeira linha na protecção de crianças e jovens, mas também corresponder a uma mera diminuição da detecção de situações de perigo.
Em 2014 a CPCJ de Ílhavo intercedeu em 257 crianças e jovens em risco, sendo 98 ainda de 2013 e tendo arquivado 1698 processos.
O relatório mostra que foram abertos 130 processos e reabertos 29, o que mostra que a descida, desde 2012, é de 22%.
“Poderá indicar a existência de um maior investimento das entidades com competência em matéria de infância e juventude na prevenção primária e ao nível da intervenção de primeira linha para a promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo mas, também uma diminuição da deteção e sinalização das situações de perigo”, explica a CPCJ.
Os casos mais participados são: “exposição a comportamentos que afectam o bem-estar e o desenvolvimento” (23,8%), a “negligência” (21,8%), situações em que as próprias crianças ou jovens “assumem comportamentos que afectam o bem-estar e desenvolvimento” sem que os pais se oponham de forma adequada (15%), “absentismo escolar” (10,9%), “mau trato físico” (8,8%), “abandono escolar” (6,8%) e “exposição a violência doméstica” (6,1%).