Valentim Loureiro quer agora "fiscalizar" a Câmara de Gondomar

| Política
Porto Canal / Agências

Gondomar, 02 ago (Lusa) - Valentim Loureiro afirmou hoje que vai continuar a "ser útil" a Gondomar, agora em funções de "fiscalização" e "deliberativas", deixando as funções de presidente da câmara e assumindo uma candidatura à Assembleia Municipal.

No dia em que revelou o seu futuro político, o autarca de Gondomar, eleito pelo "Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração", comentou também o atual momento político classificando de "absolutamente lamentável" o que se passou no Governo, com a saída e entrada de ministros.

Para Valentim Loureiro, o presidente da República (PR) foi "brilhante" na condução da crise política embora "à partida" perecesse que Cavaco Silva "se tinha estampado" e criado um "imbróglio".

"Eu aceitei, por escrito, ser candidato a presidente da Assembleia Municipal. Isso significa que estou disponível para dentro de outras funções, não executivas mas em funções de fiscalização, deliberativas, continuar a ser útil aos gondomarenses", anunciou o autarca.

Valentim Loureiro fez questão de salientar a natureza das novas funções que se propõe a cumprir.

"Não serei executivo, que fique bem claro. Não sou eu que vou dirigir a câmara. Vou fiscalizar a câmara com os membros da Assembleia Municipal. Será isso que eu, se lá estiver, vou fazer", apontou.

Questionada s obre a situação atual do país, o presidente da câmara de Gondomar, Valentim Loureiro não foi otimista.

"Bom, isto está muito mau. Acho que se tem perdido muito tempo com questiúnculas que não deveriam nunca ter existido. Aquilo que se passou a nível do Governo é absolutamente lamentável, não posso deixar de dizer que é. Que saia um ministro, que depois saia outro ministro e depois... é muito mau", avaliou.

Segundo o Valentim Loureiro, os governantes portugueses "deveriam ter sido um bocadinho mais prudentes em muitas das coisas que têm feito e que só desacredita quem anda na política".

O autarca comentou ainda a ação do presidente da República na condução da crise politica vivida nas últimas semanas.

"O PR tomou as decisões que são da sua competência. Acho que aquilo que parecia um imbróglio que ele tinha criado com a saída que tomou acabou por ser ótimo porque acabou por resolver um problema e todos se comprometeram um bocado", disse.

No entanto, Valentim Loureiro mostrou dúvidas quanto à intenção de Cavaco Silva.

"À partida parecia que ele se tinha estampado mas afinal foi brilhante. Mas eu tenho a certeza que ele não pensou na saída que acabou por ser seguida no país", finalizou.

JYCR//

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.