Venda da PT Portugal é necessária "para safar o que já está mal" - Administrador da Ongoing

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 22 jan (Lusa) - O administrador da Ongoing na PT SGPS, Rafael Mora, reconheceu hoje que a venda da PT Portugal "não é um bom negócio", mas uma necessidade para "safar o que já está mal".

À entrada da reunião magna da PT SGPS, onde os acionistas se preparam para decidir hoje sobre a venda da PT Portugal, detida pela Oi, à Altice, Rafael Mora disse que "nada disto pode ser um bom negócio".

"Se fosse um bom negócio, não estávamos na situação em que estamos, evidentemente esta é uma situação para safar o que já está mal. Se fosse um bom negócio, não tinha acontecido a Rioforte, o 08 de setembro [aprovação dos novos termos da combinação de negócios entre PT SGPS e Oi], a necessidade de venda do ativo", afirmou Rafael Mora.

Rafael Mora fez ainda uma comparação com a democracia, que "também não é um bom sistema de Governo, mas o menos mau que se conhece".

"É óbvio que não é um bom negócio, mas é o menos mau que está em cima da mesa. É difícil pensar que aconteceria de outra forma. As circunstâncias neste momento são as que são", reforçou.

O administrador da Ongoing na PT SGPS deixou ainda uma palavra sobre o facto da PriceWaterhouseCoopers não ter incluído os juízos jurídicos sobre os responsáveis pelo investimento na Rioforte do seu relatório.

"Não é verdade, gostava que lessem a proposta da PwC onde diz que não podiam permitir a introdução de juízos normativos no relatório", disse.

Sobre a carta que o ex-presidente da PT SGPS, Henrique Granadeiro, enviou ao regulador e ao presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, defendendo a reversão da fusão com a Oi, Rafael Mora responde o seguinte: "O Dr. Granadeiro foi desafortunado com a carta que mandou e na altura em que mandou. O Dr. Granadeiro também tem responsabilidades, que também assumiu na própria carta de renúncia quando saiu".

JMG/ALU// ATR

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.