Autoridades tentam retirar de praia de Sintra rede que admitem ser de barco naufragado

Autoridades tentam retirar de praia de Sintra rede que admitem ser de barco naufragado
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Porto Canal

As autoridades vão tentar retirar esta tarde do areal a rede encontrada hoje de manhã na praia Grande, que se presume pertencer à embarcação naufragada na quarta-feira no litoral de Sintra, informou fonte da capitania do porto de Cascais.

"Vamos tentar retirar a rede do areal, com uma máquina por acesso da praia, e levá-la para um local onde possa ser verificada", disse à agência Lusa o comandante da capitania do porto de Cascais, Mário Domingues.

A rede de grandes dimensões, que foi avistada hoje de manhã, na zona de rebentação, com algumas estruturas metálicas, pneus e bocados de madeira, pertencerá ao barco de pesca "Santa Maria dos Anjos", que naufragou na madrugada de quarta-feira ao largo da praia das Maçãs, com seis pescadores a bordo.

Dos cinco pescadores que ainda não foram localizados, com idades entre os 29 e os 61 anos, três são naturais da Póvoa de Varzim, um de Vila do Conde e outro é cidadão ucraniano, todos residentes nas Caxinas.

Um pescador luso-francês, de 26 anos, conseguiu nadar para terra agarrado a uma boia e subiu a arriba perto da praia das Maçãs, batendo à porta de habitações a pedir socorro, até ser encontrado pelo guarda-noturno, alertado por uma moradora.

"A rede estava numa zona que não é em terra, nem totalmente dentro de água, e por isso tem sido difícil tirá-la", explicou o comandante da capitania, numa altura em que a maré ainda estava a subir.

Os bombeiros de Colares e de Almoçageme prenderam a rede ao cabo de uma viatura, que se partiu, mas mergulhadores conseguiram fixar mais dois cabos e, posteriormente, um terceiro antes que a ondulação arrastasse o emaranhado de fios para o mar.

"A rede estava ali na praia às 07:30. Nessa altura estava totalmente fora de água. Depois o mar começou a arrastá-la", contou Maria de Jesus, 57 anos, que explora um quiosque de jornais junto ao Hotel Arribas, e foi das primeiras pessoas a avistar os destroços.

A comerciante acrescentou que teve alguma dificuldade em contactar os bombeiros, mas quando os voluntários de Almoçageme foram mobilizados conseguiram prender a rede.

"Se não a apanhassem antes da maré cheia, ela já não estava ali", vaticinou Maria de Jesus.

A embarcação Santa Maria dos Anjos, com cerca de 11 metros de cumprimento, estava registada em Olhão e é propriedade de um armador do norte do país.

Além de dezena e meia de elementos dos bombeiros de Colares e Almoçageme, nas operações de resgate dos restos da embarcação estão empenhados meios da Polícia Marítima, da Polícia Municipal e da Proteção de Civil de Sintra.

Apesar de o sobrevivente ter relatado que viu outros dois pescadores agarrados a uma balsa, os meios terrestres, marítimos e aéreos não detetaram vestígios dos outros cinco ocupantes da embarcação, que tinha largado de Peniche com destino a Cascais para a pesca do linguado.

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