Deputado do PS questiona falta de investimento em acessos a Paredes de Coura
Porto Canal / Agências
Viana do Castelo, 08 jan (Lusa) - O deputado socialista Jorge Fão quer saber qual é justificação para a não inclusão da melhoria dos acessos rodoviários a Paredes de Coura no plano de investimentos da empresa Estradas de Portugal (EP) para o período 2015-2019.
Para o deputado eleito pelo Alto Minho, Paredes de Coura é o concelho do distrito de Viana do Castelo "com piores acessibilidades rodoviárias, o que penaliza fortemente as condições de mobilidade de pessoas e mercadorias, estrangulando dessa forma o desenvolvimento económico e o bem-estar da população".
"Estranhamente e com lamento e crítica da nossa parte, a melhoria dos acessos rodoviários a Paredes de Coura, a partir das A3 e A 28, através das estradas nacionais 302 e 303 não são objeto de qualquer referência neste documento e, portanto, constata-se não estar previsto investimento da EP nestas acessibilidades no próximo período temporal 2015-2019", lê-se no requerimento apresentado esta quarta-feira na Assembleia da República (AR).
Na pergunta que apresentou, hoje enviada à Lusa, Jorge Fão quer saber do Ministério da Economia se "existe algum estudo e projeto de execução da melhoria das acessibilidades rodoviárias ao concelho de Paredes de Coura" e, em caso afirmativo, que soluções técnicas são preconizadas" e quando prevê o Governo que esse estudo "possa estar concluído e ser apresentado publicamente".
Por não constar do plano de investimentos da EP, recentemente apresentado, Jorge Fão quer ainda saber "onde prevê o Ministério da Economia enquadrar o desenvolvimento deste projeto e a captação dos recursos financeiros necessários à sua concretização".
Jorge Fão classificou de "imprescindível" a melhoria das condições de acessibilidades do concelho de Paredes de Coura à A3 e à A28 e, concomitantemente, à Galiza (através da ligação A3 - Ponte Internacional de Valença do Minho) " para promover a competitividade das empresas instaladas naquele concelho.
Entre vários exemplos apontou o Grupo Kyaia, empresa portuguesa do sector do calçado, detentora das marcas Fly London e Foreva), implantada em Paredes de Coura há 25 anos, dispondo de seis unidades fabris que empregam 230 trabalhadores.
Ainda Doureca e Grupo Dourdin, do setor automóvel que dispõe de duas unidades fabris de produção e que emprega 240 trabalhadores, a ValverIbérica, que produz artigos plásticos, tem 80 trabalhadores e está a construir uma nova unidade de injeção plástico, a MGI Coutier Lusitânia, empresa portuguesa que integra o grupo internacional MGI Coutier e que está em fase de instalação no concelho prevendo-se que venha a empregar 160 trabalhadores.
O deputado destaca ainda, no plano agrícola, a Coopcoura - Cooperativa Agrícola de Paredes de Coura é, atualmente, entre as 44 cooperantes da União de Cooperativas do Norte (Agros), a terceira maior ao nível da produção média de leite.
Investimentos que, segundo Jorge Fão, justificam a melhoria das acessibilidades rodoviárias àquele concelho do Alto Minho como forma de "aumentar a atratividade dos parques empresariais de Formariz e Castanheira e das atividades turísticas e de animação reforçando a integração de Paredes de Coura no mercado regional de emprego do Alto Minho".
ABYC // JGJ
Lusa/Fim