Bragança avança com comunidade cívica para resolver problemas sociais

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Porto Canal / Agências

Bragança, 07 jan (Lusa) -- Um grupo de dez instituições e empresas reuniu-se hoje em Bragança para constituir uma comunidade para a economia cívica com a missão de identificar e propor soluções inovadoras para problemas que afetam o concelho.

A iniciativa insere-se num projeto de âmbito nacional, do qual a Câmara de Bragança é parceira, que está a desafiar entidades, empresas e cidadãos a articularem-se e participarem localmente "na resolução socialmente inovadora e economicamente sustentável de graves e complexos problemas sociais e económicos".

O primeiro passo para avançar com o projeto nesta região foi dado hoje depois da adesão, em dezembro, do município ao Consórcio para a Economia Cívica constituído por autarquias, instituições de ensino superior, empresas e outros organismos e pessoas singulares.

O consórcio está aberto a outras adesões e desenvolve-se criando comunidade locais como explicou hoje a impulsionadora Maria do Carmo Marques Pinto, que desenvolveu esta ideia a partir de um projeto que ensaiou na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, à frente do departamento de empreendedorismo e inovação social.

O mandato acabou naquela instituição, mas Maria do Carmo decidiu "que este projeto não podia acabar", juntou-se a três pessoas da The Young Foundation, um organismo inglês conhecido pela experiência no âmbito da inovação social, e avançou com a criação de um consórcio a nível nacional.

O consórcio conta com a adesão de 13 instituições, além dos fundadores, as autarquias de Bragança, Fundão, Gondomar, Gouveia, Idanha-a-Nova e Vila Real, as Universidades de Évora e de Lisboa e a Vieira de Almeida & Associados.

A impulsionadora lembra que o Fundo Social Europeu destina 150 milhões de euros no novo quadro comunitário de apoio pata inovação social e que este projeto pretende fazer é "criar a infraestrutura para poder usar esse dinheiro.

O objetivo é localmente, através da constituição de comunidades, juntar à volta da mesa instituições de natureza completamente diferente: públicas, privadas e entidades da economia social" e, como disse, "ir à raiz do problema e não paliar as consequências com um custo social".

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, convidou hoje alguns parceiros locais e para dar o primeiro passo para formar a comunidade para a economia cívica.

O autarca lembrou que há problemas na região há muito identificados, mas deixa ao contributo da nova comunidade apontar aqueles que se afiguram mais complexos e soluções inovadoras.

"Esse é o grande desafio que temos pela frente: em conjunto refletirmos sobre aquilo que nos afeta e, a partir daí depois de haver um consenso sobre essa matéria, arranjar as soluções para esses mesmos problemas", declarou.

HFI // MSP

Lusa/fim

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