PS de Vila Verde pede ao MP "investigação aprofundada" à gestão de empresa municipal

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Porto Canal / Agências

Vila Verde, Braga, 29 dez (Lusa) - O PS de Vila Verde pediu hoje ao Ministério Público uma "investigação aprofundada" à gestão da empresa municipal Proviver, por considerar que há em todo o processo "muitas dúvidas por esclarecer".

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, António Vilela (PSD), manifestou-se "completamente tranquilo", referindo que "tudo foi feito com rigor e transparência".

Em comunicado, o PS de Vila Verde, distrito de Braga, sublinha que "a dúvida maior" em relação à gestão da Proviver se prende com a contração de um empréstimo bancário superior a dois milhões de euros um mês depois de se ter decidido colocar a empresa em processo de liquidação.

"Não se sabia já que a empresa estava encerrada e em liquidação? Como pode ter sido subscrito um contrato financeiro se a empresa estava encerrada? Quem tinha poderes para tal?", questionam os socialistas, para quem "estes assuntos são muito graves e que têm de ser muito bem esclarecidos".

O PS acrescenta que o empréstimo foi contraído na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Verde e Terras de Bouro, cujo Conselho Geral é presidido por Júlia Fernandes, vereadora na Câmara de Vila Verde e que também exerceu funções de presidente do Conselho de Administração da Proviver.

Por isso, quer saber também qual foi o papel de Júlia Fernandes naquele tipo de operações bancárias.

A Proviver foi criada em 2006, para gerir as instalações desportivas do concelho de Vila Verde.

Para o PS, a empresa resultou num "desastre colossal" para os orçamentos da Câmara Municipal.

"Foram milhões que se gastaram para fazer exatamente o que a Câmara Municipal sempre fez", defende aquele partido.

Em dezembro de 2012, foi decidida a dissolução da empresa, tendo em janeiro do ano seguinte sido contraído o empréstimo de mais de 2 milhões de euros.

"A empresa está em processo de dissolução, mas ainda existe", lembrou António Vilela.

Disse que a extinção deverá ocorrer a muito breve prazo, passando então os ativos e os passivos da empresa para a Câmara.

"Tudo feito com rigor e transparência", reiterou o autarca, lamentando que o PS "teime em lançar atoardas para o ar que apenas servem para denegrir a imagem" do concelho.

VCP // JGJ

Lusa/fim

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