Roma, 29 jul (Lusa) - O Ministério Público de Avellino, no sul de Itália, abriu hoje um inquérito por homicídio involuntário na sequência do acidente com um autocarro que no domingo fez pelo menos 38 mortos, noticiam os media italianos.

Segundo a agência Ansa, o inquérito irá focar-se, não só na eventual responsabilidade do condutor do autocarro, que morreu no acidente, mas também na qualidade da barreira de proteção destruída pelo autocarro no acidente.

A polícia de trânsito já recolheu os documentos do veículo junto da empresa de transportes, Mondotravel, à qual pertencia o autocarro.

Simultaneamente, a autópsia irá averiguar se o motorista tinha tomado álcool ou droga antes do desastre.

O autocarro transportava cerca de cinquenta passageiros, todos originários da província de Nápoles e que regressavam de uma peregrinação a Pietrelcina, a cidade natal do padre Pio, um religioso italiano canonizado em 2002 e venerado no sul de Itália.

O veículo, um grande autocarro de turismo, circulava a grande velocidade numa zona de declive perto de Avellino, 50 quilómetros a este de Nápoles, apesar dos muitos sinais de limite de velocidade, e colidiu com diversas viaturas, provocando um enorme choque em cadeia.

De seguida, o autocarro derrubou uma barreira de segurança de um viaduto e caiu de uma altura de 30 metros.

Vários passageiros foram ejetados do autocarro.

Pelo menos 38 pessoas morreram e dez ficaram feridas, várias com gravidade.

As causas do acidente ainda não foram apuradas, mas uma sobrevivente, citada pelo tio que a visitou no hospital, afirma que um dos pneus do autocarro rebentou e que o condutor não conseguiu controlar a viatura.

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