O número de mortos no atentado suicida perpetrado no domingo durante um jogo de voleibol na província de Paktika, no sudeste do Afeganistão, subiu para 57, enquanto 66 pessoas continuam hospitalizadas, informou hoje fonte oficial.

"Quarenta e duas pessoas morreram na hora e 15 no hospital na sequência dos ferimentos durante a noite", afirmou, em comunicado, o porta-voz do governo de Paktika, Mukhlis Afghan.

Além disso, 66 pessoas continuam hospitalizadas, das quais 54 num centro militar em Cabul, para onde foram transferidas na noite passada, e 12 em Paktika, de acordo com a mesma nota.

O ataque, que ocorreu no domingo, foi levado a cabo por um suicida que fez detonar as bombas que transportava num recinto desportivo onde se disputava a final distrital de um torneio de voleibol, localizado na zona de Yaya Khel.

Entre as vítimas mortais figuram pelo menos seis crianças e cinco polícias.

O Presidente afegão, Ashraf Gani, qualificou de "desumano" o atentado suicida, considerando-o "injustificável em qualquer religião ou cultura", bem como obra de quem "não quer um desenvolvimento em paz num país devastado" por décadas de guerra.

Horas antes, a câmara baixa do Parlamento aprovou a permanência no país de cerca de 12.500 soldados da missão da NATO durante o próximo ano.

A missão da NATO liderada pelos Estados Unidos termina no final do ano, mas as recentes ofensivas talibãs demonstraram a fragilidade das forças militares e policiais do país, pelo que a nova missão vai centrar-se no apoio às mesmas.