Número de analfabetos desempregados em Baião diminuiu 60% desde 2005

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Porto Canal / Agências

Baião, Porto, 21 nov (Lusa) - A formação e educação de adultos ministrada em Baião desde 2005 permitiu reduzir em 60% o número de analfabetos desempregados no concelho, incluindo de alguns jovens, avançou hoje à Lusa a vereadora da Educação.

"No início do nosso trabalho, a faixa etária [dos analfabetos] era mais baixa e sobre isso incidiu a nossa primeira preocupação", vincou Ivone Abreu, frisando ter sido possível conferir o quarto e sexto anos a dezenas de pessoas.

Atualmente, acrescentou a vereadora do município mais interior e rural do distrito do Porto, a população local analfabeta ou com baixos níveis de literacia e cálculo, constituída por algumas centenas de pessoas, é de faixas etárias mais elevadas, acima dos 40 anos, a maioria mulheres.

"Não desistimos de ninguém, mas são cidadãos que, em alguns casos, pelas mais diversas razões, já não estarão nas melhores condições para virem para as salas de formação", assinalou a autarca, admitindo "não ser fácil reunir um grupo significativo de pessoas que permita abrir uma turma".

Apesar das dificuldades, a representante da autarquia sublinhou à Lusa a necessidade de dar continuidade àquele trabalho, adiantando que no início de 2015 deverá começar, na zona de Santa Marinha do Zêzere, um novo curso para conferir o quarto ano de escolaridade.

Ivone Abreu recordou que o concelho de Baião foi pioneiro no país, quando avançou, há alguns anos, com formações de competência básica para pessoas sem escolaridade ou com baixos níveis de literacia e cálculo.

Essas formações duravam apenas dois meses e meio, mas permitiram aumentar a autoestima dos formandos.

"Tivemos de trabalhar para não deixar esmorecer a vontade destas pessoas", frisou.

A maioria, sublinhou, acabou por ingressar em cursos de educação e formação de adultos, de 12 meses, realizadas em 2011, 2012 e 1013 pelo Instituto de Apoio e Formação Profissional (IEFP), que conferiram uma qualificação académica, a par da formação profissional.

Mais de 40 formandos concluíram as formações ao nível do quarto ano e a maioria daqueles prosseguiu os seus estudos até ao sexto ano. Alguns até concluíram o nono ano, observou ainda a autarca.

Desde 2013, numa "relação articulada e de extrema lealdade com o IEFP", foram realizados, em várias freguesias do concelho, 80 cursos e formadas 1703 pessoas, com diferentes graus de qualificação.

"Conseguimos ganhar a batalha de sensibilizar as pessoas para a necessidade de formação. Hoje as pessoas vêm para a formação de forma voluntária", congratulou-se Ivone Abreu.

Apontando a "autoestima das pessoas, a forma como se apresentam e a progressão no território e nas famílias", a vereadora disse à Lusa fazer "uma avaliação muitíssimo positiva do trabalho realizado".

APM // JGJ

Lusa/fim

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