Figueira da Foz, 14 nov (Lusa) - A greve convocada para hoje nas instalações da papeleira Soporcel, localizada em Lavos, Figueira da Foz, está a ter uma adesão superior a 90%e a fábrica está parada, disse fonte da comissão sindical.

"As instalações estão todas paradas, com exceção da caldeira auxiliar por questões de segurança", disse Vítor Abreu, porta-voz das comissões sindical e de trabalhadores da empresa do grupo Portucel Soporcel, à agência Lusa.

Embora não adiantando números específicos, Vítor Abreu frisou que a adesão à paralisação, que decorre até às 04:00 de sábado, "foi superior à greve de 22 de maio", altura em que o sindicato registou 90% de adesão à paralisação.

A mesma fonte indicou ainda que as instalações fabris "foram parando" durante a madrugada de hoje - a greve iniciou-se às 04:00 - e os trabalhadores "foram saindo", com exceção de três que optaram por não aderir à greve.

De acordo com Vítor Abreu, a greve está ainda a impedir o carregamento de camiões para expedição de papel para fora das instalações da Soporcel. Já quanto à entrada de veículos pesados carregados de madeira, o porta-voz da comissão sindical indicou que a situação "está a ser analisada", alegando que a administração fabril "substituiu o chefe de equipa" responsável por essa operação, não revelando, no entanto, se ela está ou não a decorrer com normalidade.

Os trabalhadores da Soporcel convocaram dois dias de greve, a cumprir hoje e a 21 de novembro, por questões relacionadas com o fundo de pensões da empresa e a falta de negociação, imputada pelo sindicato à administração, de um caderno reivindicativo, entre outras.

A agência Lusa tentou ouvir a comissão executiva do grupo Portucel Soporcel mas, até ao momento, os contactos resultaram infrutíferos.

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