Norte e Castela e Leão avançam com plano conjunto de investimentos
Porto Canal com Lusa
A Universidade de Vila Real está a ultimar o diagnóstico que servirá de base ao plano de investimento conjunto entre o norte de Portugal e Castela e Leão (Espanha), a nível da mobilidade de estudantes ou do empreendedorismo.
O reitor António Fontainhas Fernandes disse hoje que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com sede em Vila Real, foi contratada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para a realização de um "diagnóstico prospetivo", o qual será apresentado em novembro.
Este estudo será a base para a elaboração de "um plano estratégico que se conduzirá a planos de investimentos conjuntos com Castela e Leão", região vizinha espanhola.
A Rede de Empreendedores da Região do Douro, que junta cerca de 30 entidades públicas e privadas portuguesas, quer constituir-se num dos pilares do Plano de Investimento Conjunto Norte de Portugal/Castilla y León 2014-2020.
Alguns dos eixos que podem integrar este plano, que será alvo de uma candidatura ao próximo quadro comunitário e cujas candidaturas deverão estar disponíveis no início de 2015, estão relacionados com a mobilidade de estudantes, a promoção conjunta do Douro português e espanhol, as pequenas e médias empresas ou o conhecimento, tecnologia e inovação.
A ligação da região ao comboio de alta velocidade (TGV) associada à defesa do projeto do corredor atlântico (o corredor de mercadorias número quatro) são outros exemplos de projetos que podem integrar o plano.
A ideia passa por apostar na marca Douro-Duero para a promoção dos dois territórios nos mercados internacionais.
Para Fontainhas Fernandes, a "cooperação territorial visa não só a coesão económica e social das regiões, mas é também um contributo importante para o fortalecimento da competitividade da economia".
"Precisamos de agregar esforços e ganhar escala", salientou o reitor.
O responsável recordou que esta cooperação entre regiões já foi feita entre o Norte e a Galiza e com bons exemplos, a nível da Via Verde, a partilha de serviços de saúde na área de fronteira e a cooperação a nível da proteção civil, nomeadamente no combate aos fogos florestais.
"Seria interessante que fosse desenvolvido de forma análoga com a região de Castela e Leão", salientou.