Não se justifica prolongar conversações por conversações - Seguro
Porto Canal / Agências
Lisboa, 19 jul (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou que não se justificava prolongar as conversações com o PSD e CDS dada a diferença de posições, mas admitiu que se verificaram convergências em relação a algumas propostas que agora procurará concretizar.
Estas posições foram transmitidas por António José Seguro no período de respostas a questões formuladas pelos jornalistas, após acusar PSD e CDS de terem "inviabilizado" o acordo de 'salvação nacional' proposto pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
"Ficou claro para os que participavam nas conversações que havia duas visões distintas em relação ao modo do país sair da crise, a visão do PS a do Governo. Havendo essa clareza, não se justificava prolongar conversações por conversações e era preciso dizer ao país que há duas visões diferentes e que cada um deve assumir as suas responsabilidades", declarou o líder socialista.
Questionado se aceita voltar a discutir um compromisso político com o PSD e o CDS a curto ou médio prazo, Seguro apenas disse que os socialistas "estão dispostos a pôr as suas propostas ao serviço dos portugueses" e referiu que, ao longo das negociações com os dois partidos do Governo, se registaram elementos positivos.
"Considero que, durante esta semana, houve conversações que mostraram que, em torno de algumas propostas, é possível existir convergência. Esse é um resultado positivo desta última semana. O PS, ao ter alcançado essa convergência com os outros partidos, naturalmente, não deixará de a aproveitar para colocar essas propostas aos serviços dos portugueses", disse.
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