Há escolas longe de ter apenas "casos residuais" de docentes por colocar

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 24 out (Lusa) -- Há escolas que ainda estão longe de ter apenas "casos residuais" de docentes por colocar, enquanto outros agrupamentos parecem ter resolvido o problema ao fim de seis semanas de aulas.

O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, disse na quinta-feira que a falta de professores nas escolas correspondia a "casos residuais", faltando preencher cerca de 10% das necessidades identificadas na Bolsa de Contratação de Escola (BCE), ou seja, cerca de 250 horários, segundo o gabinete do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A Lusa contactou alguns diretores e encontrou situações muito díspares: uns agrupamentos já têm todos os docentes colocados enquanto outros esperam ter metade dos professores no início da próxima semana.

Na Escola Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, ainda só foram colocados dois dos dez professores que faltam, segundo dados avançados hoje por José Eduardo Lemos, diretor da escola e também presidente do Conselho de Escolas.

"Neste momento, a dar aulas tenho dois professores mas espero conseguir outros três até ao final do dia de hoje. Com sorte, na próxima semana vou conseguir arrancar com metade dos professores que faltam", disse à Lusa José Lemos.

Naquela escola já estão a dar aulas dois professores -- um de Matemática e outro de Geografia -- faltando agora docentes de Físico-Química, Economia, Geografia, Filosofia, Espanhol, Informática e Artes Visuais.

No Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, no início da semana faltavam 12 professores mas, neste momento, já têm oito docentes a dar aulas. "Faltam três professores e há um outro de Filosofia que já confirmou, faltando agora aceitar na plataforma", contou à Lusa João Trindade, adjunto da direção.

Mas existem histórias de sucesso, como a do Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa, na zona de Viseu.

Ali, os alunos do 7.º, 8.º e 9.º começaram esta semana a ter finalmente aulas de Geografia, Espanhol e Educação Visual, porque "os três professores que faltavam já estão colocados", disse à Lusa uma fonte do agrupamento.

Em Vila Nova de Gaia, o diretor da Escola Secundária Inês de Castro também faz uma avaliação "francamente positiva" da atuação das escolas neste processo: "Às 9.30 de segunda-feira pusemos o nosso sistema em campo e conseguimos todos os professores para os nove horários", contou à Lusa Agostinho Guedes, garantindo que na quarta-feira não havia nenhum aluno sem aulas.

Durante a tarde de hoje, a Lusa contatou várias escolas onde os diretores escolares estavam em reuniões com os professores, que têm de apresentar comprovativos das declarações feitas na plataforma eletrónica através da qual se candidataram.

O presidente da Associação Nacional de Professores Contratados, César Israel Paulo, alerta no entanto para o facto de os professores poderem ficar agora colocados e, na próxima semana, estarem a aceitar uma outra proposta de outra escola.

"Que se desengane quem acha que o problema poderá ficar resolvido em breve, porque os professores têm sempre um mês ou 15 dias para desistir da colocação e optar por outra", lembrou César Israel Paulo, explicando que o prazo de um mês é para os docentes com horários completos e os 15 dias para quem tem horários temporários.

Na quinta-feira, o secretário de Estado anunciou ainda que hoje seria feito um balaço da colocação de docentes nas escolas.

SIM//GC.

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