ThyssenKrupp Elevadores inicia paralisação por melhores condições de trabalho
Porto Canal / Agências
Sintra, 22 out (Lusa) - Os trabalhadores da ThyssenKrupp Elevadores cumpriram hoje as primeiras duas horas de greve, contra a degradação das condições de trabalho, com uma adesão "entre 20 a 25% a nível nacional" entre os técnicos da empresa, segundo o sindicato.
A greve convocada pelo Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) decorreu hoje, entre as 9:00 e as 11:00, e repete-se a 28 e 30 de outubro, contra "a degradação das condições de trabalho e o ambiente de pressões e de repressão na empresa", explicou o sindicalista Paulo Rodrigues.
Em frente à sede da multinacional alemã, especializada na montagem e reparação de elevadores e escadas rolantes, em Massamá, Sintra, compareceram apenas dois técnicos, que apontaram para "uma maior adesão" nas delegações do Porto e de Setúbal.
Paulo Rodrigues, do SIESI, justificou a reduzida participação na concentração em Massamá com a desistência da deslocação dos trabalhadores de Setúbal até à sede da empresa e apontou que entre as duas centenas de técnicos, aderiram à greve "entre 20 a 25% a nível nacional".
A empresa tem cerca de 500 trabalhadores e a paralisação abrange ainda outras delegações, como Santarém, Coimbra, Braga, Loulé, Madeira e Açores.
"A redução de trabalhadores e de viaturas tem prejudicado o trabalho de manutenção e disparou o número de avarias por falta de técnicos de rota", explicou à Lusa um funcionário, Francisco Esteves.
A partilha das viaturas por dois técnicos implica uma maior demora para realizar a manutenção em cada rota, levando ao aumento de avarias que têm de ser asseguradas pelos piquetes, criticou a mesma fonte.
Os trabalhadores reclamam ainda por aumentos salariais que permitam repor parte do poder de compra que perderam nos últimos três anos.
A ThyssenKrupp Elevadores resultou da compra de três empresas nacionais (SNEL, SILPAR e Fortis) pelo grupo alemão entre 1989 e 1994.
A Lusa procurou contactar a administração da empresa, mas foi informada que não se encontrava qualquer responsável nas instalações para falar sobre a greve.
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