Viana responsabiliza Governo por evacuação de escola devido a vespa asiática

| Norte
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 08 out (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo responsabilizou hoje o Ministério da Agricultura e do Mar pela evacuação numa escola do concelho devido à queda, no seu interior, de um ninho de vespa asiática, que causou ferimentos numa criança.

"Este incidente de hoje deveu-se exclusivamente à incapacidade do Ministério da Agricultura de resolver um problema que foi sinalizado há quase dois anos e para o qual o Ministério da Agricultura andou a assobiar para o ar", lê-se em comunicado autárquico enviado à agência Lusa.

No documento a câmara municipal liderada pelo socialista José Maria Costa garante que "já alertou o Ministério da Agricultura para serem tomadas medidas eficazes e urgentes para este grave problema que afeta a saúde públicas e a economia local".

A evacuação dos cerca de 600 alunos da Escola Básica e Secundária de Barroselas teve início cerca das 10:45, após a queda de um ninho de vespa asiática, que estaria numa árvore no interior do perímetro escolar. A queda foi provocada pelo forte vento que se faz sentir na região.

A evacuação foi decidida por precaução, decorrendo a operação de destruição do ninho.

"A autarquia lamenta que, durante os últimos dois anos, o Ministério da Agricultura não tenha tomado as devidas precauções e as iniciativas esperadas, mobilizando esforços no combate à praga, apesar das inúmeras insistências de várias entidades", sustentou o município na nota à imprensa.

A Lusa contatou o Ministério da Agricultura e do Mar no sentido de obter esclarecimentos, mas sem sucesso.

No documento, a Câmara adianta que a praga da vespa asiática, maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional, "está identificada no Alto Minho desde 2012, tendo sido alvo de alertas para a necessidade de intervenção concertada entre os diversos atores, com especial incidência para o combate à praga".

Só no concelho de Viana do Castelo e, de acordo com números revelados pelo município, "já foram exterminados mais de quinhentos ninhos vespeiros num esforço dos serviços de proteção civil e bombeiros municipais".

"Há a lamentar que o Ministério da Agricultura continue a manifestar total incapacidade e um certo alheamento a esta situação grave que pode por em causa a saúde pública mas também a atividade apiária e agrícola da região norte".

Segundo a autarquia "até à data, tem sido inúmeros os casos de aparecimento da vespa asiática na região norte com elevados prejuízos para a agricultura e, em breve, para a polinização porque grande parte das abelhas foram exterminadas".

Dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) indicam que cada ninho pode albergar até 2000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos 6 novos ninhos.

Segundo os apicultores, esta espécie, "mais agressiva" faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer colocando em causa a produção de mel.

Esta espécie predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte.

ABYC // JGJ

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