Feira das Colheitas de Arouca celebra 70 anos com novo espaço
Porto Canal / Agências
Arouca, 24 set (Lusa) - Arouca recebe na quinta-feira a 70.ª Feira das Colheitas, que, com cerca de 120 expositores, aposta este ano na abertura de um novo espaço no Mosteiro e na divulgação de casos de sucesso internacional protagonizados por empresários locais.
Até domingo, o centro histórico da vila transforma-se numa extensa mostra das práticas agrícolas do concelho e dos usos e costumes que marcam o seu património histórico e cultural.
"Celebramos 70 anos de Feira das Colheitas e, apesar de uma evolução notável, o essencial do evento continua a ser a paixão pelas nossas raízes", declarou à Lusa o presidente da Câmara Municipal, José Artur Neves.
"Nestes dias sente-se o trabalho do campo tal como ele era vivido no passado e há uma nostalgia que envolve tudo, pelo que a população participa na iniciativa com particular intensidade", garante o autarca.
Uma das novidades da edição deste ano é a abertura do celeiro do Mosteiro de Arouca ao público. "É um espaço novo que este ano vai acolher uma exposição de alfaias agrícolas do início do século passado, entre as quais algumas peças que eu imaginava que já não existiam", revela José Artur Neves.
Outra inovação consiste na estreia dos "Encontros Empresariais" com que a autarquia e a Associação Empresarial do Concelho de Arouca se propõem divulgar as histórias de sucesso de empreendedores que, sendo naturais do município, se afirmaram no estrangeiro em diferentes ramos de atividade.
Vendas de produtos regionais, um desfile de carros de bois, um cortejo de açafates, exposições etnográficas, um concurso da raça arouquesa, gastronomia tradicional, concertos por coletividades locais e uma desfolhada são apenas algumas das dezenas de propostas que integram o programa da Feira das Colheitas, onde todos os eventos têm entrada livre.
A primeira edição da Feira das Colheitas realizou-se em 1944 e foi organizada pelo Grémio da Lavoura de Arouca, por iniciativa do seu gerente, António de Almeida Brandão, que então também presidia à Câmara Municipal.
No contexto de escassez da II Guerra Mundial e das dificuldades de acesso a bens de primeira necessidade, o objetivo do certame era recuperar a produção agrícola local e reavivar as tradições da região.
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