Ébola: Cruz Vermelha pede reforço da informação às populações atingidas

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Porto Canal / Agências

Genebra, 18 set (Lusa) - A Federação internacional da Cruz Vermelha (IFRC, em inglês) alertou hoje, em declarações à Lusa, para a necessidade de reforçar a informação à população para impedir o avanço do Ébola em África.

No quadro de uma formação para preparar uma equipa médica que irá participar nos próximos dias nas operações da Cruz Vermelha em Serra Leoa, a coordenadora de saúde em emergências, Amanda McClelland, salientou "a necessidade de adaptar as mensagens de prevenção" para que as populações "entendam os riscos e os interpretem".

"É crucial fazer com que as comunidades entendem o que é um centro de tratamento do Ébola e que o aceitem" de modo a facilitar o trabalho dos profissionais.

De acordo com esta responsável, a diminuição dos casos depende da modificação de comportamentos individuais e não de alterações de fatores exteriores como são o caso de doenças como a cólera, que dependem de infraestruturas de saneamento.

"É preciso mais dedicação, cada indivíduo é um caso, é um processo longo", avisa.

Por outro lado, os profissionais de saúde devem estar atento aos rumores que, em muitos casos, refletem o medo das populações.

Na Guiné-Conacri, os voluntários foram acusados de pulverizar ébola e foram atacados por moradores quando, na realidade, estavam a espalhar cloro para desinfetar uma casa onde vivia um homem infetado.

As organizações humanitárias também foram acusadas de recolherem órgãos e os venderem, porque as famílias não podiam ver os pacientes, nem assistir aos funerais, explicou Amanda McClellad.

Para a responsável, as mensagens e as operações devem ser adaptadas conforme os valores culturais e os rumores nas diversas regiões.

Por exemplo no centro de tratamento onde trabalhou Amanda McClelland, em Freetown, Serra Leoa, foi construído um espaço onde as famílias podiam rezar e ver os funerais, acabando assim com alguns mitos como o tráfico de órgãos.

Desde março, a Federação internacional da Cruz Vermelha trabalha em 13 países, Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria e em grande escala na Costa do Marfim, Mali, Senegal, Camarões, Benim, Togo, Chade, Republica Centro Africana e Gâmbia.

Desde o início do ano, a epidemia causou perto de 2.500 mortos entre os cinco mil casos registados, a maior parte concentrados em três países da África Ocidental, segundo o último levantamento da Organização Mundial de Saúde.

VYE // PJA

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