Rui Moreira defende reforço da autoridade da polícia
Porto Canal / Agências
Porto, 10 jul (Lusa) - O candidato independente à Câmara do Porto Rui Moreira defendeu hoje o "reforço da autoridade" da polícia para, assim, se evitarem "situações de autoritarismo".
"É isso exatamente que nós pretendemos e é isso que estes profissionais também sentem, ou seja, não querem ser identificados com o autoritarismo", sublinhou Rui Moreira no final de uma reunião com elementos do Sindicato dos Profissionais da Policia.
O candidato independente disse que a sua candidatura tem defendido um reforço da função de prevenção por parte dos agentes da autoridade.
"A polícia é, muitas vezes, avaliada por aplicar uma contraordenação, mas se conseguir fazer uma medida de prevenção, por exemplo, junto de um bairro, isso não conta para a sua avaliação. Isso é terrível, é um pouco o sentimento de eles próprios fazerem parte de uma emboscada", considerou.
De acordo com Rui Moreira, "o que a PSP e este sindicato, em particular, sentem é que muitas vezes a sua intervenção nos bairros só surge em situações de emergência e isso é péssimo porque os moradores acabam por associar a polícia a esse tipo de situações. O que nós pretendemos é que a polícia possa estar nos bairros numa função preventiva e isso exige também o reforço de competências das associações de moradores".
O candidato defende que "as associações de moradores deveriam ser entidades que, protegidas pelo município na sua função, pudessem ter uma relação mais saudável com a polícia em áreas de prevenção" da criminalidade.
"Gostaria, por exemplo, que esta associação [Sindicato dos Profissionais da Policia] estivesse num bairro, que pudesse ser um elemento de ligação como acontece em Lisboa. Em Lisboa, o sindicato da polícia está localizado num bairro, isso desde logo permite uma extraordinária interação com a população", considerou.
Para o candidato, "essa deve ser uma intervenção que o município deve ter, no sentido de disponibilizar instalações dignas, mas muito mais junto da população, daquela população que olha hoje de soslaio para a polícia e que assim perceberá que a polícia é sua aliada, que faz parte da comunidade".
"Neste momento, a cidade está confrontada com um sentimento de insegurança que não resulta do aumento da criminalidade, resulta das pessoas sentirem que o estado desapareceu, de não verem muitas vezes a policia, não sentirem a presença física da autoridade. Esta questão preocupa-nos", acrescentou.
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