Pai de uma das vítimas do Sewol abandonou greve de fome 46 dias depois
Porto Canal / Agências
Seul, 28 ago (Lusa) -- O pai de uma das vítimas do ferry sul-coreano Sewol pôs hoje fim a uma greve de fome que mantinha há 46 dias em protesto contra o Governo e que inspirou milhares de pessoas que se juntaram "online" à sua causa.
Kim Young-oh, pai de uma dos 250 estudantes que morreram no naufrágio, converteu-se num símbolo da luta das famílias que reclamam uma investigação independente ao acidente, e foi internado na sexta-feira no hospital com graves sintomas de desnutrição.
Depois de quase uma semana hospitalizado, Kim Young-oh decidiu colocar fim à greve de fome devido à sua saúde e a pedido da sua família e parentes de outras vítimas.
No entanto, familiares de outras vítimas pretendem continuar o protesto, alguns deles em greve de fome, disse um representante das famílias em declarações à agência Yonhap.
Há mais de um mês que familiares das vítimas do Sewol acamparam em protesto contra o Governo na praça Gwanghwamun, de Seul, tendo algumas pessoas, como Kim, enytrado em greve de fome, iniciativa que já conquistou o apoio de mais de 25.000 pessoas na página http://sewolho416.org/2363, que dá a oportunidade aos subscritores de se unirem à greve por, pelo menos, um dia.
No naufrágio do Sewol, onde seguiam 475 pessoas, morreram 304, a maioria estudantes que realizavam uma viagem de férias.
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