Eleitos e candidatos do PS querem coordenação de fundos comunitários em Braga
Porto Canal / Agências
Braga, 08 jul (Lusa) - Os autarcas socialistas e os candidatos do PS do norte do País nas próximas eleições autárquicas exigem que, "pelo menos" um dos programas do novo quadro de fundos comunitários, 2014-2020, "seja concentrado e gerido" a partir de Braga.
Reunidos hoje em Braga, autarcas e candidatos pelo PS de "toda a zona norte", acusaram o atual Governo de coligação PSD/CDS-PP de estar a efetuar um "ataque sistemático" ao poder local.
Pela voz do candidato à Câmara Municipal de Braga, Vítor Sousa, o grupo acusou ainda o Governo de "governar sem conhecer o país" e apontou a necessidade de eleições legislativas antecipadas.
"Queremos que os novos fundos comunitários, no âmbito da Agenda 2020, sejam descentralizados em programas regionais e reclamamos que, pelo menos, um dos programas seja feito, concentrado e gerido a partir de Braga", revelou Vítor Sousa.
Os autarcas apontaram o dedo ao Governo, acusando-o de "centralismos" na gestão de recursos.
"Não podemos continuar a admitir que os fundos comunitários continuem a ser geridos em gabinetes em Lisboa. É preciso descentralizar a gestão dos fundos comunitários", defenderam.
Segundo os autarcas e candidatos socialistas, o atual Governo "tem vindo a fazer um ataque sistemático ao poder local" ao seguir "uma agenda claramente neoliberal", pelo que o grupo deixou uma "posição clara de confronto" contra as políticas governamentais.
Os autarcas socialistas do Norte do país prometeram seguir uma "crítica ativa à ação do atual governo" que, acusam, "governa sem conhecimento nenhum do território português, das suas populações".
Sobre a situação política nacional, na linha do que tem defendido o secretário-geral do PS, António José Seguro, o grupo reclamou eleições legislativas antecipadas.
"Estamos preocupados e não deixamos de dar nota àquilo que mostra bem a realidade onde chegámos. Não é próprio de um país democrata", afirmou o candidato do PS ao município de Braga.
"Não faz sentido nenhum que haja demissões e que, logo de imediato, apareça um acordo em que haja um vice-primeiro-ministro depois de tudo o que foi dito. É isto que descredibiliza a ação política", disse.
Por isso,"é necessária uma alteração", referiu o porta-voz do grupo.
"Esperemos pela posição do Presidente da República. Mas queremos eleições", sublinhou.
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