Encerramento definitivo de aterro de Sermonde em Gaia volta a derrapar

Encerramento definitivo de aterro de Sermonde em Gaia volta a derrapar
| Norte
Porto Canal / Agências

O aterro de Sermonde, em Gaia, cujo encerramento chegou a estar previsto para 2017, já não vai fechar definitivamente em 2024, mas durante o ano de 2025, revelou esta terça-feira a Suldouro.

“Os trabalhos inicialmente previstos decorrem dentro do previsto, no entanto, tendo em consideração alterações significativas na morfologia do aterro – constituído por uma massa de resíduos em constante biodegradação – demonstrou-se necessário efetuar um novo levantamento topográfico do qual resultou um novo mapa de quantidades, a qual implica um período maior para a execução de algumas das atividades, face ao inicialmente previsto”, esclareceu, em resposta à Lusa, a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos de Vila Nova de Gaia (Porto) e Santa Maria da Feira (Aveiro).

O encerramento definitivo daquela infraestrutura em 2024 foi anunciado em fevereiro de 2023, durante a apresentação do projeto do parque ambiental e da selagem do aterro sanitário de Sermonde, que representa um investimento de 3,9 milhões de euros.

À data, o administrador-delegado da Suldouro, José Coelho, adiantou ainda que o arranque dos trabalhos estava previsto para 01 de janeiro.

Questionada sobre o avanço dos trabalhos, a empresa indicou esta terça-feira que, conforme previsto, em julho de 2023, foi efetuada uma consulta ao mercado para a empreitada de execução da selagem do aterro sanitário de Sermonde (fase de encerramento), tendo, à data, se dado início ao armazenamento das terras necessárias para a cobertura definitiva do aterro.

Caso sejam cumpridos “todos os 'timings' normais” de aprovação das autoridades da tutela, “a estimativa para a fase seguinte está prevista para o 2.º semestre de 2024 e o termo de todos os trabalhos durante o ano de 2025”, avança a Suldouro, sublinhando, no entanto que o prazo de execução “poderá sempre ser ajustado” uma vez que “são trabalhos que dependem muito das condições climatéricas”.

Neste momento, indicou ainda a empresa, está completa “a etapa de impermeabilização da massa de resíduos e decorre o transporte e armazenamento de terras para a cobertura final”.

A etapa seguinte consiste no encerramento e integração paisagística do aterro, nomeadamente na colocação das terras de cobertura sobre manta geotêxtil, execução do sistema de drenagem das águas pluviais e sementeira.

A fase final, esclarece, consiste na construção das infraestruturas de apoio, nomeadamente vias de acesso e parque de estacionamento.

A Suldouro garante ainda que “tem estado em constante contacto com as diversas autoridades locais e com a população e tem implementado todas as medidas que mitiguem o impacto destas atividades na população mais próxima”.

Em fevereiro de 2023, na cerimónia de apresentação do projeto, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, desafiou as juntas de freguesia a promover, até julho daquele ano, uma auscultação da população, na defesa de um projeto de requalificação que “sirva os desígnios da comunidade”.

O autarca não escondia que o município via com bons olhos a criação de um parque de lazer, “num modelo de parque da cidade, com múltiplos potenciais [botânico, desportivo, equipamentos e parques infantis]”, bem como a instalação de uma unidade de incubação e criação de emprego, de um centro de dia e apoio domiciliário, mas com uma componente de centro de atividades lúdicas para crianças.

“O meu papel é garantir que o parque seja feito até 2025 e que os equipamentos que para lá se projetem e que sejam possíveis (...) fiquem projetados num 'masterplan' para o aterro.”, afirmou na altura.

A Lusa questionou a autarquia sobre os desenvolvimentos do projeto, contudo, até ao momento não obteve resposta.

O encerramento desta unidade chegou a estar previsto para 2017, ano em que o aterro, com 17 anos e cerca de 2,3 milhões de toneladas de resíduos, estava quase cheio. Em novembro de 2015 a empresa começou a canalizar o lixo doméstico dos dois concelhos para o aterro de Canedo, na Feira. Contudo, a deposição de resíduos em Sermonde só terminou em junho de 2021.

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