Maior terminal da Península Ibérica ainda sem data de arranque
Porto Canal
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está atualmente à espera da resposta aos pedidos de esclarecimento enviados à Medway acerca do estudo sobre a contaminação do solo na área onde a empresa planeia estabelecer o terminal rodoferroviário, localizado na freguesia de Lousado, em Famalicão. A obtenção da licença é crucial para o avanço da obra, uma vez que a empresa prevê começar a construção no final do ano, durante o último trimestre.
Segundo o jornal de Notícias, o projeto do maior terminal da Península Ibérica foi divulgado em 2019, mas tem enfrentado alguns contratempos, o que tem impedido a sua concretização até ao momento.
Em janeiro, Carlos Vasconcelos, da Medway, anunciou publicamente que o estudo de impacto ambiental identificou "níveis extremamente elevados de arsénio em alguns pontos do terreno" onde está planeada a construção do terminal.
De acordo com o jornal, A APA aprovou o projeto, no entanto, quer esclarecer se as concentrações de arsénio são naturais ou resultantes de atividades humanas.
A mesma fonte avança que a empresa “poderá propor outros valores de referência aos estabelecidos no referido guia” (Guia Técnico – Valores de Referência para o Solo), onde se inclui nomeadamente valores de fundo natural desde que “devidamente fundamentados e aceites pela APA” que entretanto, solicitou elementos sobre o estudo, aguardando resposta para poder finalizar o processo, citado pelo jornal.
A empresa pretende iniciar as obras no "último trimestre deste ano", assim que obtiver as licenças ambientais e municipais necessárias.
O terminal está projetado para gerar 45 empregos e requer um investimento de 80 milhões de euros.
Desde sua apresentação inicial, o projeto já passou por alguns ajustes, incluindo a revisão do layout.