Bombeiros alemães no Norte para aprender mais sobre fogos florestais

Bombeiros alemães no Norte para aprender mais sobre fogos florestais
| Norte
Porto Canal / Agências

Bombeiros alemães estão em Vila Real para um “intercâmbio de conhecimento” com os operacionais da Cruz Branca, aprendendo táticas de combate a incêndios florestais e ensinando estratégias para atuar em fogos urbanos ou industriais.

“O objetivo é, sobretudo, trocarmos conhecimentos. Nós, na parte dos incêndios rurais, florestais, e eles mais em termos de equipamentos e de formação mais vocacionada para incêndios urbanos e industriais. Mas, sobretudo, é um intercâmbio de conhecimento”, afirmou hoje à agência Lusa o comandante dos bombeiros da Cruz Banca, Orlando Matos.

A iniciativa repete-se pelo segundo ano porque, segundo o responsável, em consequência das alterações climáticas começam a haver cada mais incêndios rurais na Alemanha e, por isso, na cidade transmontana os bombeiros alemães querem, sobretudo, aprender mais sobre o comportamento do fogo e táticas de combate.

Nomeadamente, acrescentou, aprendem como usar ferramentas manuais e ainda técnicas de fogo controlado ou contrafogo.

Louis Evert, bombeiro profissional e formador na Alemanha, reforçou que é muito importante para estes profissionais obter mais conhecimento sobre como combater os fogos florestais.

“Estes fogos começam a ser comuns por causa das alterações climáticas, mas ainda não são um problema como em Portugal, por exemplo. Mas, nós queremos estar preparados para o futuro”, realçou.

O problema, acrescentou, é que os incêndios começam a ser maiores e mais rápidos. “E precisamos de aprender para preparar os nossos recursos para fazer um trabalho mais eficaz para extinguir o fogo”, frisou.

São oito os bombeiros alemães, provenientes de diferentes zonas do país, que estão no quartel da Cruz Branca e que vão depois partilhar aprendizagens com outros colegas na Alemanha. O intercâmbio começou no domingo e termina também no domingo.

O tempo chuvoso não permitiu treino no terreno e a aprendizagem tem sido feita no quartel, mas também em escolas de bombeiros do país e até universidades.

Os bombeiros alemães estiveram na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) onde existe uma mesa de queima onde se recriam incêndios e fatores que condicionam a sua propagação no terreno, nomeadamente os declives ou os ventos,

No sábado, vão para o terreno testar um novo equipamento oferecido aos bombeiros de Vila Real, fazer manobras com as ferramentas manuais e, se houver possibilidade, fazer fogo real.

“Trouxeram um equipamento novo, uma espécie de aspersores, que irá servir para fazer proteção a edifícios, a infraestruturas críticas, depósitos de gás, por exemplo, e até ao equipamento e à própria equipa. Vamos poder montar no terreno um sistema para fazer cortina de proteção a uma área que esteja em vias de ser atingida por um incêndio”, explicou Orlando Matos.

A Cruz Branca tem, desde janeiro, um novo veículo de combate a fogos urbanos e os alemães estão, também, a transmitir aos operacionais portugueses estratégias de posicionamento da viatura em pontos-chave para um combate mais eficaz ao incêndio num edifício.

“Basicamente, como potenciar a utilização dessa plataforma”, concretizou Orlando Matos.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca, Álvaro Ribeiro, salientou que esta é uma iniciativa para continuar.

“Nós não temos a dimensão financeira que têm os bombeiros alemães, mas, dentro da nossa realidade, é para apoiar. Este é o nosso contributo para a construção da Europa, porque estamos com projetos reais, no terreno e participados por entidades que estão também no terreno, cada uma da sua forma, a proteger as populações”, salientou.

Álvaro Ribeiro salientou que se pretende que a Cruz Branca esteja cada vez mais preparada para apoiar a população que serve.

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