Trabalhadores da BA Glass em Avintes pedem aumento de salário e subsídios
Porto Canal / Agências
Os trabalhadores da BA Glass, em Avintes, Gaia, estão concentrados esta tarde frente à empresa para exigirem aumentos salariais de 150 euros e subsídios de refeição e de turnos mais elevados, justificando as exigências com "os lucros exorbitantes" obtidos.
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Industria Vidreira (STIV), Álvaro Lacerda, salientou que a empresa de vidros situada naquela localidade do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, "tem capacidade" para dar resposta às pretensões dos trabalhadores.
"O que nós exigimos é um aumento de 150 euros salariais para cada trabalhador, subsídio de turno de 320 euros, subsídio de turno no setor de pintura no valor de 275 euros, no setor dos moldes 320 euros, aumento do subsidio de alimentação para 9,60 euros, feriados pagos a 200%, horas extra pagas a 100% e 35 horas semanais para todos os trabalhadores", enumerou.
Segundo o sindicalista, a empresa propôs um aumento salarial de 4,3%: "Consideramos que tendo em conta os lucros exorbitantes que a empresa tem tido nos últimos anos é pouco", disse.
Álvaro Lacerda referiu que a BA Glass tem tido aumentos compatíveis com aquelas exigências: "Em 2020 teve um lucro de 51 milhões de euros, em 2021 de 86 milhões e em 2022 de 71 milhões", apontou.
Atualmente, a BA Glass tem cerca de 1.070 trabalhadores e sede em Avintes e instalações na Marinha Grande e na Amadora em Portugal, estando também presente em oito países: Polónia, Espanha, México, Bulgária, Alemanha, Grécia e Roménia.
A Lusa tentou entrar em contacto com os responsáveis pela BA Glass mas até ao momento não foi possível.